Mário Soares diz não ter muito medo do FMI
O ex-Presidente e ex-primeiro-ministro apelou aos partidos para que, até às eleições legislativas de 5 de Junho, evitem “os grandes conflitos partidários”, e aos políticos que “não se injuriem uns aos outros”. No início do ciclo Grandes Debates do Regime, sob o tema “Democracia no séc. XXI: que hierarquia de valores?”, uma iniciativa da Câmara do Porto que decorreu nesta sexta-feira na Biblioteca Almeida Garrett, afirmou que aquilo que interessa agora, até às eleições, é evitar “os grandes conflitos interpartidários”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ex-Presidente e ex-primeiro-ministro apelou aos partidos para que, até às eleições legislativas de 5 de Junho, evitem “os grandes conflitos partidários”, e aos políticos que “não se injuriem uns aos outros”. No início do ciclo Grandes Debates do Regime, sob o tema “Democracia no séc. XXI: que hierarquia de valores?”, uma iniciativa da Câmara do Porto que decorreu nesta sexta-feira na Biblioteca Almeida Garrett, afirmou que aquilo que interessa agora, até às eleições, é evitar “os grandes conflitos interpartidários”.
O antigo Presidente criticou ainda o facto de a Alemanha ser a “dona da Europa”, considerando que “hoje quem manda é a senhora Merkel e um pouco o senhor Sarkozy”. E alertou para o facto de a Europa ter abandonado “completamente os princípios europeus”.
Questionando o porquê desta liderança da chanceler alemã Angela Merkel, o ex-Presidente da República sublinhou que a Alemanha “é a economia mais próspera da Europa e por isso é Merkel que manda”. Mas adiantou: “E quem é que fez a unidade alemã senão toda a Europa que entrou com dinheiro para permitir que a Alemanha se unisse – e ainda bem que se uniu –, mas não para vir agora mandar na Europa ou ser dona da Europa”, declarou.
Mário Soares considerou que a crise actual portuguesa é global e importada, “à qual se juntou agora esta crise política infeliz”. E salientou que “os partidos têm de perceber que têm que fazer um grande exame de consciência sobre eles próprios, porque estão a perder credibilidade”.