Standard & Poor`s volta a cortar rating português
A agência de notação financeira internacional cumpriu a ameaça que tinha feito na semana passada e não perdoou o facto de na cimeira europeia do passado fim-de-semana ter sido acordado um mecanismo de ajuda que faz com que a reestruturação da dívida soberana seja uma "pré-condição potencial" para a entrega de apoio financeiro e que coloca o reembolso da ajuda europeia à frente do reembolso aos investidores.
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A agência de notação financeira internacional cumpriu a ameaça que tinha feito na semana passada e não perdoou o facto de na cimeira europeia do passado fim-de-semana ter sido acordado um mecanismo de ajuda que faz com que a reestruturação da dívida soberana seja uma "pré-condição potencial" para a entrega de apoio financeiro e que coloca o reembolso da ajuda europeia à frente do reembolso aos investidores.
Ou seja, A S&P está preocupada com o impacto que as novas regras do mecanismo de estabilidade europeu pode ter para os detentores das obrigações de tesouro, caso um país tenha que recorrer à ajuda europeia, como é considerado provável para Portugal. Pelos mesmos motivos, a agência baixou hoje também o rating atribuído à Grécia, para BB-, três níveis abaixo do português.
Mantém-se ainda uma tendência negativa para o rating português, o que significa que este pode voltar a baixar nos próximos meses. "O outlook negativo reflecte a nossa visão de que o ambiente macroeconómico pode enfraquecer-se para além das nossas expectativas actuais e que o impasse político possa ameaçar uma implementação efectiva do programa de ajustamento português, levando a derrapagens não negligenciáveis", diz o relatório da S&P.