Ai Weiwei constrói em Berlim

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Muitos foram apoiantes de Ai Weiwei no protesto contra a demolição do atelier do artista em Xangai REUTERS

“Preciso de um lugar para trabalhar”, disse Weiwei numa chamada telefónica com a Efe, citada pelo “ABC”. “Não tenho nenhuma intenção de me mudar, a não ser que as autoridades [chinesas] façam uso da força. Sou chinês e este é o lugar onde eu cresci”, acrescentou referindo-se ao seu país de origem.

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“Preciso de um lugar para trabalhar”, disse Weiwei numa chamada telefónica com a Efe, citada pelo “ABC”. “Não tenho nenhuma intenção de me mudar, a não ser que as autoridades [chinesas] façam uso da força. Sou chinês e este é o lugar onde eu cresci”, acrescentou referindo-se ao seu país de origem.

“O novo atelier custará uma fortuna, por isso precisarei de um ou dois anos para o finalizar. Uma vez terminado, prevejo passar lá alguns meses por ano para iniciar uma nova série de trabalhos” e o tempo que restará continuará a trabalhar na China.

Em Janeiro, o atelier que o artista tinha em Xangai foi demolido a mando das autoridades, o que aumentou a tensão entre o artista e o governo chinês, que na mesma altura o manteve sobre prisão domiciliária durante semanas e ainda o impediu de viajar para evitar qualquer apoio ao Nobel da Paz chinês. Apesar deste incidente o artista e activista dos direitos humanos mantém os seus dois ateliers em Pequim.

Aos 53 anos Ai Weiwei é um dos nomes mais marcantes da cena artística chinesa e um dos nomes associado à intervenção na luta política por reformas democráticas no seu país. Entre as suas obras encontra-se o Estádio Olímpico de Pequim conhecido como “Ninho de Pássaro”. Mais recentemente um lote de cem mil sementes de girassol feitas de porcelana e pintadas à mão, parte da obra de Weiwei “Sunflower Seeds”, criada de propósito para a Tate, foi vendido pela casa de leilões “Sotheby's”, em Londres, por cerca de 414 mil euros.