Taxa a dois anos supera 7% após corte do rating pela Fitch e pela Standard & Poor´s

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As Finanças vão ter mais dificuldades no mercado Pedro Cunha (arquivo)

Esta nova escalada acontece depois de duas agências, a Fitch e a Standard & Poor’s, terem baixado novamente a nota (rating) da dívida soberana de Portugal ontem já ao fim do dia.

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Esta nova escalada acontece depois de duas agências, a Fitch e a Standard & Poor’s, terem baixado novamente a nota (rating) da dívida soberana de Portugal ontem já ao fim do dia.

As taxas implícitas das obrigações a dez anos (o prazo de referência nos mercados) chegaram mesmo a atingir 8,257 por cento às 8h53, segundo dados da agência Reuters, o que constitui um novo recorde desde que existe o euro, mas às 9h40 tinham recuado para 7,995 por cento. Ontem tinham ficado em 7,873 por cento ao fim do dia.

As curvas mostram uma subida acentuada em todos estes prazos e também na taxa a um ano, que ontem teve uma forte subida para 5,580 e hoje estava em 5,589 por volta das 9h40.

A taxa implícita a dois anos era a que registava a maior subida, estando em 7,196 por cento depois das 9h30, depois de ontem ter ficado em 6,799 por cento. A taxa a cinco anos avançava para 8,592 por cento, com uma margem (spread) de 602,9 pontos-base face às equivalentes alemãs, o que constitui um novo recorde na era do euro.

As taxas a dez anos estão há mais de mês e meio (desde 4 de Fevereiro) acima do limiar psicológico dos sete por cento que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse no ano passado poder justificar um pedido de ajuda externa. No prazo a cinco anos, superam esse valor há mais de um mês (desde 18 de Fevereiro).