Lourdes Castro e Francisco Castro Rodrigues vencem prémios AICA
A artista plástica Lourdes Castro e o arquitecto Francisco Castro Rodrigues foram distinguidos com os prémios da Secção Portuguesa (SP) da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) em parceria com o Ministério da Cultura. À artista plástica foi entregue o Prémio Artes Visuais e ao arquitecto o Prémio Arquitectura.
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A artista plástica Lourdes Castro e o arquitecto Francisco Castro Rodrigues foram distinguidos com os prémios da Secção Portuguesa (SP) da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) em parceria com o Ministério da Cultura. À artista plástica foi entregue o Prémio Artes Visuais e ao arquitecto o Prémio Arquitectura.
A artista plástica, nascida no Funchal em 1930, foi distinguida pela sua obra, na qual o júri destacou a exposição de 2010 "À luz da sombra", no Museu de Serralves. "A exposição constituiu um expoente significativo da forma simples e autêntica com que Lourdes Castro transfigura os gestos do quotidiano", pode-se ler no comunicado emitido pela AICA.
Por sua vez, o arquitecto Francisco Castro Rodrigues, nascido em Lisboa em 1920, foi premiado pelo seu trabalho, o qual o júri considera ser "de grande relevância cultural na cena portuguesa, ainda que pouco conhecido das gerações recentes, já que a maior parte da sua obra construída se localiza em Angola, no Lobito, cidade à qual imprimiu um forte carácter urbano a partir dos anos de 1950". Depois da independência de Angola, Francisco Castro Rodrigues colaborou na reconstrução do novo país, nomeadamente na organização do seu Curso de Arquitectura, tendo regressado a Portugal, às Azenhas do Mar, onde vive deste então, em 1989.
O Prémio AICA/Ministério da Cultura (Artes Visuais e Arquitectura) é atribuído anualmente a duas personalidades das respectivas áreas, cujo percurso profissional seja considerado relevante pela crítica. O júri deste ano contou com Manuel Graça Dias, Presidente da SP/AICA, Leonor Nazaré, vice-presidente da SP/AICA, e os críticos Ana Vaz Milheiro (arquitectura), e Lúcia Marques e Paulo Pires do Vale (artes visuais).
Na edição do ano passado, Paulo Nozolino foi o escolhido para o Prémio Artes Visuais mas o fotografo recusou o prémio em protesto pelo "comportamento obsceno e de má-fé" na actuação do Estado na Cultura. Nozolino não gostou de saber que do valor dos 10 mil euros de prémio, ser-lhe-iam retirados 10 por cento de IRS. "Quem concorre para ganhar um prémio está isento de impostos pelo Código de IRS. Quem, sem pedir, é premiado tem que dividir o seu valor com o Estado", escreveu na altura num comunicado.