Egipto: ex-presidente Hosni Mubarak acusado na morte de manifestantes
Com Mubarak foi acusado também o então ministro do Interior, Habib al-Adli, pelo seu papel nas mais de 360 mortes – e milhares de feridos – que aconteceram durante os 18 dias de manifestações contra o poder, reprimidas pelas autoridades com balas de borracha e munições reais, canhões de água e gás lacrimogéneo, é hoje avançado pelo jornal estatal egípcio "Al-Ahram".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Com Mubarak foi acusado também o então ministro do Interior, Habib al-Adli, pelo seu papel nas mais de 360 mortes – e milhares de feridos – que aconteceram durante os 18 dias de manifestações contra o poder, reprimidas pelas autoridades com balas de borracha e munições reais, canhões de água e gás lacrimogéneo, é hoje avançado pelo jornal estatal egípcio "Al-Ahram".
Estas acusações foram elencadas pelo comité constituído após a deposição de Mubarak e já entregues à procuradoria-geral, segundo aquele mesmo diário. Nelas, é afirmado que Mubarak, como chefe do Governo, é “criminalmente responsável” pelas mortes dos manifestantes.
Al-Adli – contra quem está já em curso um processo por lavagem de dinheiro e uso ilegal de fundos públicos – é acusado de ter dado as ordens às forças de segurança para dispararem contra as multidões que dia após dia mantiveram pé firme na Praça Tahrir até à queda do regime.
As novas autoridades egípcias já detiveram ao longo das últimas semanas vários comandantes de topo da polícia por terem dado as ordens que conduziram à morte de manifestantes naquela revolução contra Mubarak.