Egipto: ex-presidente Hosni Mubarak acusado na morte de manifestantes

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Hosni Mubarak Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Com Mubarak foi acusado também o então ministro do Interior, Habib al-Adli, pelo seu papel nas mais de 360 mortes – e milhares de feridos – que aconteceram durante os 18 dias de manifestações contra o poder, reprimidas pelas autoridades com balas de borracha e munições reais, canhões de água e gás lacrimogéneo, é hoje avançado pelo jornal estatal egípcio "Al-Ahram".

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Com Mubarak foi acusado também o então ministro do Interior, Habib al-Adli, pelo seu papel nas mais de 360 mortes – e milhares de feridos – que aconteceram durante os 18 dias de manifestações contra o poder, reprimidas pelas autoridades com balas de borracha e munições reais, canhões de água e gás lacrimogéneo, é hoje avançado pelo jornal estatal egípcio "Al-Ahram".

Estas acusações foram elencadas pelo comité constituído após a deposição de Mubarak e já entregues à procuradoria-geral, segundo aquele mesmo diário. Nelas, é afirmado que Mubarak, como chefe do Governo, é “criminalmente responsável” pelas mortes dos manifestantes.

Al-Adli – contra quem está já em curso um processo por lavagem de dinheiro e uso ilegal de fundos públicos – é acusado de ter dado as ordens às forças de segurança para dispararem contra as multidões que dia após dia mantiveram pé firme na Praça Tahrir até à queda do regime.

As novas autoridades egípcias já detiveram ao longo das últimas semanas vários comandantes de topo da polícia por terem dado as ordens que conduziram à morte de manifestantes naquela revolução contra Mubarak.