Portugal colocou a totalidade dos mil milhões de euros com juros mais altos

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Pedro Cunha/ arquivo

Este é o primeiro leilão de dívida realizado depois de, na sexta-feira, o Governo ter anunciado o reforço das medidas de austeridade do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) até 2013. A emissão ocorre ainda poucas horas depois da Moody’s ter revisto em baixa o "rating" da República portuguesa de A1 para A3, com perspectiva “negativa” para a economia portuguesa. Uma decisão que vem em linha com a já adoptada pela S&P.

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Este é o primeiro leilão de dívida realizado depois de, na sexta-feira, o Governo ter anunciado o reforço das medidas de austeridade do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) até 2013. A emissão ocorre ainda poucas horas depois da Moody’s ter revisto em baixa o "rating" da República portuguesa de A1 para A3, com perspectiva “negativa” para a economia portuguesa. Uma decisão que vem em linha com a já adoptada pela S&P.

O leilão realizado pelo Instituto da Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) previa colocar no mercado entre 750 e mil milhões de euros de BT. Os títulos vencem a 23 de Março de 2013.

A iminência de uma crise política, com eleições, e a constatação do corte do rating de Portugal, estavam a agravar a dívida portuguesa a 10 anos, após dois dias de valorização. No mercado secundário, ao início da manhã, os títulos soberanos nacionais deterioravam-se mais de seis pontos base, com os juros a aproximarem-se dos 7,472 por cento.

Ontem o Governo, através do secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina, mostrou-se confiante quanto ao sucesso da emissão de BT, que hoje se realizou, alegando que o plano de austeridade iria repor os juros numa trajetória de “sustentabilidade”.