Os budas de Bamiyan tinham cores

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Reconstrução gráfica dos budas DR/Technische Universitaet Muenchen

Os budas, destruídos em 2001 pelos taliban, estão a ser estudados por uma equipa de investigadores europeus e japoneses da Universidade Técnica de Munique, que determinou que antes da conversão da região ao Islamismo, as gifantes estátuas apresentavam cores brilhantes (uma deles, a maior, em tons vermelhos e a outra em branco), tendo sido pintadas várias vezes, com cores diferentes de forma a distinguir a roupa.

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Os budas, destruídos em 2001 pelos taliban, estão a ser estudados por uma equipa de investigadores europeus e japoneses da Universidade Técnica de Munique, que determinou que antes da conversão da região ao Islamismo, as gifantes estátuas apresentavam cores brilhantes (uma deles, a maior, em tons vermelhos e a outra em branco), tendo sido pintadas várias vezes, com cores diferentes de forma a distinguir a roupa.

A reconstrução gráfica realizada pelos pesquisadores confirma as tradições antigas: no século XI falava-se de um buda vermelho e uma lua branca.

As estátuas, de 55 e 38 metros de altura, foram até ao século X o ponto principal de paragem, naquele que foi em tempos um dos maiores complexos budistas do mundo. Desde a repressão do regime taliban, uma equipa de peritos da universidade alemã, apoiada pela UNESCO e coordenada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Arqueológicos (ICOMOS), trabalha no restauro das peças e no melhoramento dos acessos ao complexo arqueológico.

Os budas foram construídos no penhasco onde se encontram, enquanto as suas vestes foram construídas por artesãos, utilizando argila, que foi aplicada em duas ou três camadas. Essas camadas, agora destruídas, são as que estão a ser analisadas pelos investigadores.

Os resultados agora anunciados contribuem não só para compreender o património cultural daquela região, como também permitem estabelecer novos planos de recuperação para as peças.

Os cientistas estudam agora a possibilidade de reconstrução das estátuas com mais de 1500 anos, embora tenham anunciado que para já apenas a pequena poderá ser construída através dos milhares de fragmentos apanhados pela equipa no sítio. A tarefa está ainda a ser estudada devido à sua complexidade - ou se constrói uma pequena fábrica no vale Bamiyan, onde estão os budas, ou então as mais de 1400 pedras, que pesam mais de duas toneladas, terão de viajar até aos laboratórios na Alemanha, onde o buda será depois reconstruído.

A proposta vai ser analisada esta semana pela UNESCO.