Professores das Actividades de Enriquecimento Curricular protestam contra condições de trabalho precárias
“O programa Escolas a Tempo Inteiro foi uma das principais apostas do Governo. No entanto, os 15 mil professores que asseguram as actividades de enriquecimento curricular trabalham em condições precárias”, denunciou Tiago Gillot, do movimento dos Precários Inflexíveis, que se juntou ao movimento Escola Pública e ao Sindicato dos Professores da Grande Lisboa para apoiar a acção de protesto.
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“O programa Escolas a Tempo Inteiro foi uma das principais apostas do Governo. No entanto, os 15 mil professores que asseguram as actividades de enriquecimento curricular trabalham em condições precárias”, denunciou Tiago Gillot, do movimento dos Precários Inflexíveis, que se juntou ao movimento Escola Pública e ao Sindicato dos Professores da Grande Lisboa para apoiar a acção de protesto.
“Temos conhecimento de várias escolas de Lisboa em que os professores de AEC são obrigados a executar tarefas fora das suas competências ou não conseguem leccionar as aulas devido à ausência de condições materiais”, disse o responsável.
Segundo Tiago Gillot, embora a lei determine que a contratação de docentes de AEC é da responsabilidade das câmaras municipais, na maioria das vezes esta é feita por empresas de trabalho temporário.
“Muitos professores das AEC têm medo de dar a cara. Quando o fazem, correm o risco de serem despedidos”, referiu uma das participantes do movimento dos precários inflexíveis. É o caso de Patrícia Filipe, que leccionava aulas de música na EB1 nº6, mas foi despedida após ter distribuído panfletos sobre os direitos dos professores de actividades de enriquecimento curricular. “Fui despedida sem justificação em Janeiro, quando o meu contrato só acabava em Junho. Estou aqui para sensibilizar pais e professores para este tipo de situações, que ocorrem em várias escolas da grande Lisboa e do resto do país ”, disse a docente.
Notícia corrigida às 16h16