Augusto Inácio, “vice” para o futebol de Bruno de Carvalho, promete lutar pelo título

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Augusto Inácio é uma aposta de Bruno de Carvalho para o futebol do Sporting Foto: Hugo Delgado (arquivo)

“Em 1999-2000, o plantel do Sporting também não era o melhor e fomos campeões. Na altura gastámos menos, mas gastámos melhor, ao contrário de agora, em que se tem esbanjado muito dinheiro e isso faz toda a diferença”, disse Augusto Inácio em conferência de imprensa, considerando que o Sporting “pode arranjar um bom plantel, mesmo que o orçamento seja inferior ao dos outros grandes”.

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“Em 1999-2000, o plantel do Sporting também não era o melhor e fomos campeões. Na altura gastámos menos, mas gastámos melhor, ao contrário de agora, em que se tem esbanjado muito dinheiro e isso faz toda a diferença”, disse Augusto Inácio em conferência de imprensa, considerando que o Sporting “pode arranjar um bom plantel, mesmo que o orçamento seja inferior ao dos outros grandes”.

Outra crítica que deixou cair à actual gestão do futebol prende-se com a situação "de estabilidade zero, sobretudo para os treinadores que têm sempre de dar a cara e são os primeiros a ser queimados”.

Inácio garantiu ter sido convidado por Bruno de Carvalho para operar “uma reformulação total do futebol profissional e não profissional” e, nesse contexto, pretende “dar estabilidade aos treinadores para desenvolverem o seu trabalho”, prometendo “estar sempre perto da equipa”.

Teve a preocupação de esclarecer que, “aconteça o que acontecer nunca será treinador do Sporting” e fez saber que “tem trabalhado muito em segredo, sem parangonas”, como ele, confessa, “gostar de trabalhar”.

“Tenho ‘pedalado’ muito para que o futuro do Sporting seja mais risonho”, referiu o antigo treinador, que conduziu os “leões” ao título ao fim de 18 anos de “jejum”, exortando os sócios a votarem na lista encabeçada por Bruno de Carvalho “para poderem ajuizar o que ela é capaz de fazer”.

Torneou a questão sobre o que é preciso mudar no futebol do Sporting, justificando essa posição com “a necessidade de dar tranquilidade aos jogadores e ao treinador”, os quais ainda “têm coisas a ganhar e muito mais a perder”. Prometeu, todavia, responder à pergunta mais tarde.

O nome de Paulo Futre veio à baila, por ser o responsável do futebol na lista de Dias Ferreira, mas Inácio lembrou que “não há lutas entre pessoas, mas sim entre programas”, e que os sócios do Sporting terão de dizer “se querem a mudança ou a continuidade”.

“A lista de Bruno de Carvalho é da mudança”, enfatizou Inácio, cuja carreira de treinador “não está encerrada e vai apenas ser interrompida”.

O que o convenceu a aceitar o convite para vice-presidente do futebol foram duas razões: “Em primeiro lugar, as ideias e o programa que Bruno de Carvalho me apresentou, com os quais concordo plenamente. Em segundo, o regresso ao Sporting”.

O candidato Bruno de Carvalho fez a apresentação de Augusto Inácio como vice-presidente do futebol da sua lista, um regresso a Alvalade de “um grande sportinguista e um campeão à sua casa”.

“É um homem que conhece o futebol nacional, que me fez vibrar e chorar, um verdadeiro obreiro do nosso título, leal, competente e com ambição estratégica”, disse Bruno de Carvalho, reiterando que Inácio “não é nem será treinador”, mas um elemento preponderante “para reequilibrar o futebol do Sporting e recolocá-lo no topo do futebol português”.