Estudo alerta que maré negra do Golfo do México “devastou” vida marinha

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A explosão na plataforma ocorreu a 20 de Abril do ano passado Foto: Marinha norte-americana/Reuters

Com a ajuda de submersíveis, a equipa de Samantha Joye encontrou, em alguns locais, uma camada de animais mortos e petróleo com dez centímetros de altura, avança a BBC. Os investigadores calculam que estas camadas, nos sedimentos do fundo do mar junto ao poço destruído, foram depositadas entre Junho e Setembro de 2010.

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Com a ajuda de submersíveis, a equipa de Samantha Joye encontrou, em alguns locais, uma camada de animais mortos e petróleo com dez centímetros de altura, avança a BBC. Os investigadores calculam que estas camadas, nos sedimentos do fundo do mar junto ao poço destruído, foram depositadas entre Junho e Setembro de 2010.

“O impacto nos organismos que vivem nos sedimentos foi devastador”, contou a investigadora à BBC, depois de ter apresentado um vídeo com imagens do fundo do mar obtidas pelos submersíveis em Washington, na conferência anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS).

Os organismos que vivem no fundo do mar estimulam a actividade dos microrganismos e oxigenam os sedimentos, funções das quais dependem espécies que vivem mais perto da superfície.

Este mês, a BP estimou que em 2012, o Golfo do México já terá recuperado da maré negra. Mas Joye não é da mesma opinião. “O Golfo é resiliente. Acredito que vai recuperar mas não acredito que o faça totalmente até 2012.” “Penso que só mais tarde começaremos a ver as implicações desta poluição”, acrescentou.

Desde a explosão na plataforma Deepwater Horizon, a 20 de Abril, até à selagem final da fuga, a 15 de Julho, foram derramados cinco milhões de barris no Golfo do México.