Sagres suporta crescimento da Central Cervejas e Bebidas
No segmento das águas, no entanto, o volume de negócios decresceu oito por cento, tendo a empresa sido penalizada pelas marcas próprias dos retalhistas. No ano passado, estas subiram 18,6 por cento, afectando a Luso, principal marca de água da SCC. Já a cerveja Sagres continua, segundo a empresa, a assumir uma posição de liderança no mercado doméstico, lugar que detém desde Outubro de 2008.
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No segmento das águas, no entanto, o volume de negócios decresceu oito por cento, tendo a empresa sido penalizada pelas marcas próprias dos retalhistas. No ano passado, estas subiram 18,6 por cento, afectando a Luso, principal marca de água da SCC. Já a cerveja Sagres continua, segundo a empresa, a assumir uma posição de liderança no mercado doméstico, lugar que detém desde Outubro de 2008.
O aumento de receitas registado pela SCC deve-se sobretudo a um crescimento significativo das exportações, que subiram 42 por cento face a 2009, destacando-se o mercado angolano como principal importador (mais 58 por cento).
Embora se verifique um decréscimo de consumo de 2,2 por cento no mercado cervejeiro nacional, a SCC afirma ter ganho quota de mercado nas cervejas, detendo mais 0,7 por cento através da marca Heineken.
Face à queda do consumo privado em Portugal, a aposta da SCC para 2011 e 2012 recai nas exportações, mas não adiantou qual o objectivo, em valor e em volume de litros, a atingir. No ano passado, as exportações representaram oito por cento do total de vendas (34,6 milhões de euros).
Além da Angola, a Sagres “quer crescer nos mercados onde há comunidades portuguesas”, disse o assessor da administração e provedor da SCC, Nuno Pinto Magalhães. Brasil, Venezuela e África do Sul vão ser o foco da empresa. Segundo este responsável, a empresa também quer crescer em Itália e Espanha. No Brasil está a ser estudada a possibilidade de produzir a Sagres localmente, numa das nove fábricas que o grupo Heineken (dono da SCC) detém no país.
De acordo com Alberto da Ponte, presidente executivo da SCC, o aumento do valor das matérias-primas terá um impacto de 12 milhões de euros nas contas da empresa, como tal, esta subida terá de ser acompanhada por um aumento de preços. “Vão ter de subir pelo menos cinco por cento” ainda este ano, afirmou.
Segundo Alberto da Ponte, para continuar a crescer no mercado nacional “terá de haver alguma inovação”, inovação que a SCC vai apresentar ainda este mês. “Desperados” é o nome da nova cerveja, “com um ligeiro toque de tequilla”, com mais teor de álcool que as suas pares e com um target mais “alternativo”, mais “para a noite”, divulgou o gestor. “Vão ser anunciadas mais duas inovações até ao final do ano”, acrescentou.
A nível internacional, a Heineken, empresa que detém a SCC, teve receitas de 16,1 mil milhões de euros e um resultado líquido de 1,4 mil milhões de euros no ano passado.
Notícia actualizada às 18H45