Rompuy quer ouvir ideias dos Vinte e Sete até à cimeira da zona euro

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Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu Francois Lenoir/Reuters

Herman Van Rompuy indicou que hoje mesmo têm início consultas bilaterais, com os 17 países membros da Zona Euro, mas também com os restantes 10 Estados-membros da União Europeia, para preparar a cimeira de 11 de Março, bem como o Conselho Europeu de 24 e 25 do mesmo mês, onde se espera que os líderes adoptem um ambicioso pacote de medidas para melhorar a coordenação económica e estabilizar o euro.

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Herman Van Rompuy indicou que hoje mesmo têm início consultas bilaterais, com os 17 países membros da Zona Euro, mas também com os restantes 10 Estados-membros da União Europeia, para preparar a cimeira de 11 de Março, bem como o Conselho Europeu de 24 e 25 do mesmo mês, onde se espera que os líderes adoptem um ambicioso pacote de medidas para melhorar a coordenação económica e estabilizar o euro.

“Quero ter uma discussão aberta e inclusiva com todos os Estados-membros sobre como alcançar um grau mais elevado de coordenação de políticas económicas na Zona Euro, e melhorar a competitividade e convergência”, declarou hoje o presidente do Conselho.

Garantindo que vai ouvir “todos”, e também apresentar-lhes as suas “ideias e opções”, Van Rompuy reafirmou a sua convicção de que, dessa forma, será possível alcançar em Março um acordo sobre uma resposta abrangente à crise na Zona Euro.

Na terça-feira, em Bruxelas, à margem de uma reunião de ministros das Finanças da UE, o ministro português, Teixeira dos Santos, criticou a lentidão que essa resposta está a levar, fazendo votos para que no próximo mês sejam tomadas, “de uma vez por todas”, as decisões que se impõem para a estabilização da Zona Euro.

Fernando Teixeira dos Santos criticou em concreto a demora nas alterações ao actual fundo europeu de estabilização financeira, que Portugal quer ver reforçado e flexibilizado.

“É um processo que está a revelar-se, na minha opinião, mais moroso que o desejável, e creio que as demoras e as hesitações nos avanços que são necessários afectam a Zona Euro e a estabilização do euro e, consequentemente, também de qualquer país que faça parte da Zona Euro”, disse o ministro, que voltou a sublinhar a importância de concluir um processo que permitirá à Zona Euro “dispor de mecanismos de coordenação e governação económica e de instrumentos de intervenção para a estabilização do euro”.