Rodoviária em Coimbra com poucos passageiros, mas com autocarros

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Semana marcada por contestação no sector dos transportes Foto: Sara Matos

Os autocarros iam chegando e partindo, e os passageiros contactados pela agência Lusa não expressavam uma particular ansiedade. Uns desconheciam a greve, outros pensavam que era só em Lisboa, e quase todos esperavam chegar ao destino.

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Os autocarros iam chegando e partindo, e os passageiros contactados pela agência Lusa não expressavam uma particular ansiedade. Uns desconheciam a greve, outros pensavam que era só em Lisboa, e quase todos esperavam chegar ao destino.

Duas passageiras manifestaram surpresa quando abordadas pelo jornalista. Desconheciam que se vivia um dia de greve. Uma delas já tinha a garantia de que daí a pouco chegaria o autocarro para Lisboa, que lhe permitiria tomar o avião para o Brasil.

Outros dois utentes aguardavam a abertura da bilheteira para adquirir um bilhete, na expectativa de chegar a Valença do Minho.

Também à procura de bilhete se encontrava um cidadão angolano, que daí a dias tencionava viajar para Lisboa, e tomar um avião que o transportaria a Luanda.

Outra cidadã confessara à agência Lusa que optara pelo serviço da Rodoviária da Beira Litoral porque a CP não garantia o transporte para Lisboa. E a sua decisão revelou-se acertada, pois daí a minutos embarcava.

Ao contrário, o Pedro e o Tiago, conformados, na sala de espera faziam tempo para partir de automóvel para o município vizinho de Penacova. Revelaram à agência Lusa que não teriam autocarro, por causa da greve.

No entanto, minutos depois de abandonarem a gare, a agência Lusa escutou pelo altifalante um funcionário anunciar a chegada de um autocarro com destino a Penacova.

Um operário das oficinas da empresa, que se encontrava no local, disse à agência Lusa que a expectativa era de não haver perturbação no serviço, embora julgasse que alguns motoristas fariam greve.

Expressando revolta com os cortes salariais, e pela injustiça comparativamente aos dos funcionários de topo da empresa, disse que no sector oficinal não haveria adesão, e que na decisão pesou o facto de a paralisação ser apenas de meio turno.