Financiamento é a preocupação número um dos executivos portugueses
A maioria dos inquiridos olha para a competitividade como um aspecto que tem registado uma evolução negativa sobretudo devido a medidas políticas e económicas (82 por cento). Nesse sentido, os mesmos consideram que a entrada em novos mercados/segmentos é a principal área que as empresas portuguesas devem apostar para melhorar este indicador.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A maioria dos inquiridos olha para a competitividade como um aspecto que tem registado uma evolução negativa sobretudo devido a medidas políticas e económicas (82 por cento). Nesse sentido, os mesmos consideram que a entrada em novos mercados/segmentos é a principal área que as empresas portuguesas devem apostar para melhorar este indicador.
Outros dados relevantes do estudo indicam que 53 por cento dos gestores a actuar no mercado global consideram que a situação do mercado interno piorou relativamente a 2009, dos quais apenas 16 por cento considera que melhorou. Por outro lado, no mercado externo, as opiniões revelam-se mais divididas, uma vez que 43 por cento considera que a situação melhorou, contra 32 por cento a considerar o contrário. Num quadro geral, o pessimismo entre os gestores é maior naqueles que actuam em mercados globais.
No entanto, a maioria dos gestores considera que o investimento das empresas portuguesas nos países emergentes é ainda insuficiente, particularmente na China e na Índia (85 por cento). Por outro lado, consideram suficiente ou mesmo demasiado o investimento que é realizado na Angola ou na Europa.
A conjectura económica actual, marcada pela crise, é vista fifty-fifty pelos gestores portugueses, uma vez que 42 por cento consideram a mesma como uma oportunidade e, na mesma proporção, como uma ameaça. Para fazer face à crise, os gestores consideram como imperativo reduzir os gastos gerais e administrativos, entre outras “questões mais técnicas” que, segundo o professor Adrián Caldart da AESE, constituem as medidas de foco das empresas face a esta conjectura. Desta forma, são secundarizados “temas mais estratégicos”, como a alteração de uma gama de produtos por exemplo, e que representaria “olhar para a crise mais numa perspectiva de oportunidade”, sublinhou.
Numa perspectiva a longo prazo, 60 por cento dos inquiridos consideram a excelência operacional como principal factor para o sucesso nas suas empresas a 10 anos, seguida de uma maior qualidade de produtos e serviços (45 por cento) e um posicionamento claro e diferenciado (43 por cento).
Estes resultados foram apresentados hoje em Lisboa, naquela que foi a quarta edição do estudo “Gestão Empresarial em Portugal 2010” realizado pela AESE – Escola de Direcção e Negócios, em parceria com a empresa Accenture.