Passos Coelho critica que Rui Pereira “nem se demitiu nem foi demitido”
“Este não é um erro burocrático, administrativo, pelo qual baste pedir desculpas. Como cidadão, aquilo que eu teria esperado era que quem tem responsabilidade política tivesse logo tirado consequências. Não é preciso estar a oposição ou o país a pedir a demissão de ninguém”, declarou Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma visita a uma empresa, em Oeiras.
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“Este não é um erro burocrático, administrativo, pelo qual baste pedir desculpas. Como cidadão, aquilo que eu teria esperado era que quem tem responsabilidade política tivesse logo tirado consequências. Não é preciso estar a oposição ou o país a pedir a demissão de ninguém”, declarou Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma visita a uma empresa, em Oeiras.
“O ministro nem se demitiu nem foi demitido, o que já diz tudo da maneira como o Governo encara estes processos”, acrescentou.
De acordo com Passos Coelho, “era importante que o país percebesse que há responsabilidade política que poderia ter sido tomada e que este Governo, pelos vistos, não gosta de tomar”.
Segundo o presidente do PSD, “já tinha sido dado um sinal nas eleições de há um ano”, em “já houve milhares de pessoas que não puderam votar” por não saberem o seu número de eleitor e o seu local de voto. Portanto “o Governo sabia, porque estava avisado disso”, que “potencialmente esta situação poderia ocorrer”. “Ora, ela ocorreu e o Estado mostrou que não estava sequer preparado para lidar com ela. Isto não é desculpável”, completou.
Passos Coelho questionou se, “além de pedir desculpa, há mais alguma outra coisa que o Governo tenha a dizer de porque é que esta situação ocorreu e o que é que está a fazer para que ela não volte a repetir-se”.
O presidente do PSD recusou que esteja a “partidarizar” ou a “criar instabilidade” a este propósito: “Trata-se de olhar de frente para um problema que é um problema político e que não tem qualquer espécie de desculpa”.