Paco Bandeira junta-se a Rui Veloso e a Represas na campanha de Nobre

Numa linguagem colorida, o cantor alentejano criticou Alegre, que tem que “ter sempre alguém a preparar-lhe a caça para ele dar os tiros e deitar fora os cartuchos”, Cavaco Silva, que “é apenas circunstância de ovos-moles, que não sabe nada de nada, mas vive dessa ciência”, e Francisco Lopes, o “blá, blá blá do costume, continuamente a teimar no que já está desmentido”.

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Numa linguagem colorida, o cantor alentejano criticou Alegre, que tem que “ter sempre alguém a preparar-lhe a caça para ele dar os tiros e deitar fora os cartuchos”, Cavaco Silva, que “é apenas circunstância de ovos-moles, que não sabe nada de nada, mas vive dessa ciência”, e Francisco Lopes, o “blá, blá blá do costume, continuamente a teimar no que já está desmentido”.

O candidato desafinou no hino nacional - uma estreia nestes jantares-comício -, mas menos no discurso, acutilante q.b., sobre Cavaco e o alerta para o risco de o país mergulhar numa crise política: “Ele está a querer meter medo aos portugueses e meter medo é um sinal de fim de regime, de fim de ciclo. Nós, pelo contrário, estamos aqui para incutir esperança”.

Numa campanha que disse marcada pelo vazio de ideias, o fundador da AMI recorreu à ironia e acusou os adversários de plágio. “Manuel Alegre quer ser solidário. Cavaco Silva diz que quer dar voz aos sem voz. É impressionante: às vezes ouço a rádio e parece que sou eu que estou a falar”.

Numa sala com cerca de 150 pessoas, defendeu-se dos que o acusam de falta de jeito para lidar com o eleitorado. “Dizem que não tenho o discurso dos políticos, que não abordo as pessoas na rua como os políticos. Evidentemente, a minha maneira de ser político não é como a deles”, introduziu. “Eu não ando a vender banha da cobra. Não ando a invadir a privacidade das pessoas. Respeito-as”.

Por causa disso, ou por causa da falta de meios e de uma máquina partidária, ao final da tarde, em Portalegre, a comitiva de Nobre tinha passado, como sempre, muito discreta. Nem altifalantes, nem slogans gritados, nem brindes. Bandeiras sim, mas contam-se pelos dedos de uma mão.