Bandeira diz que não conseguiu estancar fuga de depósitos do BPN

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BPN terá perdido três mil milhões em depósitos desde a nacionalização Nelson Garrido

Não é ainda possível apurar as perdas totais para o Estado associadas ao BPN, disse Francisco Bandeira, que está na Assembleia da República a depor no quadro da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, que o ouve na qualidade de presidente do BPN, indicado pelo grupo liderado por Faria de Oliveira.

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Não é ainda possível apurar as perdas totais para o Estado associadas ao BPN, disse Francisco Bandeira, que está na Assembleia da República a depor no quadro da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, que o ouve na qualidade de presidente do BPN, indicado pelo grupo liderado por Faria de Oliveira.

“Apenas 15 por cento dos depósitos do BPN saíram para a CGD”, garante o vice-presidente da Caixa-Geral, que negou que a administração do BPN ou da CGD tenha promovido a transferência de um "só cliente" do BPN para a CGD. Essa ideia "não tem qualquer fundamento", defendeu.

O banco intervencionado pelo Governo já perdeu três mil milhões em depósitos desde a nacionalização. O BPN tem capitais próprios negativos de dois mil milhões de euros.

No que toca às sociedades que vão ficar com os activos tóxicos do BPN, estas serão geridas por quatro administradores que não são da CGD, ficando na esfera pública, e sob supervisão do Banco de Portugal.

“Falhada a privatização, a intenção do Governo é, a seu devido tempo, devolver o banco ao mercado”, garantiu o gestor.

63 mil euros pelas funções no BPN em 2009

Bandeira começou por explicar o facto de ter recebido, em 2009, 63 mil euros pelas funções que desempenha no BPN, onde está desde Novembro de 2008. O esclarecimento surge em resposta a uma questão colocada pelo deputado do Partido Popular, João Almeida, que arrancou com a ronda de perguntas a Francisco Bandeira.

João Almeida solicitou-lhe que explicasse por que razão consta no relatório de 2009 da Caixa-Geral de Depósitos (CGD) que recebeu do BPN, naquele ano, 63 mil euros pelas funções que desempenha naquele banco intervencionado, quando, e sob juramento, numa audição anterior na Assembleia da República, tinha garantido que não iria auferir de qualquer vencimento (pelo facto de ter sido indicado para liderar o BPN até à sua privatização, operação que esteve em curso e falhou).

Bandeira disse que, na altura, quando declarou que não iria receber vencimento no BPN, era essa a intenção da CGD, mas que posteriormente foi tomada a decisão.

Última actualização às 19h26