Líder xiita Moqtada al-Sadr apela à união de todos os iraquianos contra a ocupação dos EUA

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Dezenas de milhares foram hoje ouvir Sadr a Najaf Mohammed Ameen/Reuters

Sadr voltara na véspera ao Iraque, ao seu bastião em Najaf e hoje disse a dezenas de milhares de iraquianos, que ali acorreram de toda a parte do Iraque, que devem continuar a resistir aos “ocupantes” do país e a opor-se aos Estados Unidos, mas não necessariamente pelas armas. “[As armas] são apenas para as pessoas de armas”, disse, um comentário que sugere um aval ao exército e à polícia iraquiana, em contraponto à milícia que o próprio líder xiita lidera.

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Sadr voltara na véspera ao Iraque, ao seu bastião em Najaf e hoje disse a dezenas de milhares de iraquianos, que ali acorreram de toda a parte do Iraque, que devem continuar a resistir aos “ocupantes” do país e a opor-se aos Estados Unidos, mas não necessariamente pelas armas. “[As armas] são apenas para as pessoas de armas”, disse, um comentário que sugere um aval ao exército e à polícia iraquiana, em contraponto à milícia que o próprio líder xiita lidera.

“Mas continuamos a ser combatentes”, afirmou ainda, instando os seguidores a entoarem cânticos de “não, não à América” e descrevendo os Estados Unidos, Israel e o Reino Unido como “inimigos comuns”.

Sadr liderou duas revoltas de monta contra o exército norte-americano desde a invasão de 2003 e insiste numa retirada das tropas dos Estados Unidos ainda antes da data acordada para o final de 2011. A sua milícia, o Exército Mehdi, é responsabilizada por muita da violência inter-religiosa entre xiitas e a minoria sunita, que varreu o país nos últimos anos.

Virando-se para o Governo liderado por Nouri al-Maliki – com quem o seu movimento assegurou, no mês passado, um acordo para participar no Executivo com sete ministros e no Parlamento com 39 deputados – o líder xiita lembrou a promessa feita de que as tropas norte-americanas deixarão o país ainda este ano.