Jean-Luc Godard "lives"

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Acabou de se tornar octogenário (em Dezembro), sobreviveu a duas biografias (uma do americano Richard Brody, crítico da "New Yorker", outra do francês Antoine de Baecque), e uma estapafúrdia campanha (suscitada pelo livro de Brody) que pretendia fazer dele um perigoso anti-semita.

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Acabou de se tornar octogenário (em Dezembro), sobreviveu a duas biografias (uma do americano Richard Brody, crítico da "New Yorker", outra do francês Antoine de Baecque), e uma estapafúrdia campanha (suscitada pelo livro de Brody) que pretendia fazer dele um perigoso anti-semita.

Também sobreviveu a um muito publicitado "Óscar especial" e, tudo indica, à agressividade (nalguns casos inimaginável) com que a crítica mais generalista recebeu "Film Socialisme". Longe vão os tempos em que a estreia de um filme de Godard fazia parar as máquinas - mas, c'os diabos, trata-se de um dos dois ou três ícones vivos da outrora chamada arte cinematográfica, e a estreia em Portugal será um dos pontos altos do ano. Majestoso e labiríntico, encantador e exasperante - é tudo menos uma abstracção: viaja pelo Mediterrâneo, "mar fundador", e fala de nós, europeus, no ponto da história em que estamos, prevendo o momento em que se ia conseguir convencer os gregos de que são eles quem está em dívida para com a Europa.