Humberto Rosa considera IPBES a peça que faltava na política internacional da Biodiversidade

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Enric Vives-Rubio (arquivo)

“Esta era a peça que faltava para a política internacional de Biodiversidade estar completa”, comentou ao PÚBLICO Humberto Rosa, reconhecendo que nos fóruns internacionais já sentiu muitas vezes a necessidade de um organismo como o IPBES.

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“Esta era a peça que faltava para a política internacional de Biodiversidade estar completa”, comentou ao PÚBLICO Humberto Rosa, reconhecendo que nos fóruns internacionais já sentiu muitas vezes a necessidade de um organismo como o IPBES.

O painel, que gerou anos de negociações entre países do Norte e do Sul, motiva agora “elevadas expectativas” junto do secretário de Estado do Ambiente. “A política internacional de Biodiversidade tem vindo a dar passos equivalentes aos da política para as alterações climáticas”, apesar “de ainda não ter a mesma capacidade no terreno”. O responsável refere o estudo sobre o valor económico da Biodiversidade, divulgado este ano, e o plano estratégico conseguido em Outubro na cimeira de Nagoya, Japão, com metas para travar a extinção das espécies.

“Precisamos de um organismo equivalente ao IPCC [painel intergovernamental da ONU para as alterações climáticas] para aferir o grau do problema e onde é que ele é mais marcante e ameaçador, trazendo informações sobre os custos da não conservação”, explicou.

O IPBES, que deverá começar a funcionar para o ano, não vai produzir ciência mas sim seleccionar e trabalhar os dados científicos para que possam ser utilizados, atempadamente, pelos decisores políticos. Neste sentido, Humberto Rosa considera de suma importância “a credibilidade de quem apresenta a informação. Esse papel faz muita falta”.