Metade dos portugueses queixa-se de cansaço e falta de energia
O estudo, que em Portugal decorreu entre 16 e 29 de Novembro e envolveu 500 pessoas, com idades entre 25 e 65 anos, revela também que sete em cada 10 portugueses (74%) afirmam não ter tempo para fazerem aquilo que mais gostariam.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O estudo, que em Portugal decorreu entre 16 e 29 de Novembro e envolveu 500 pessoas, com idades entre 25 e 65 anos, revela também que sete em cada 10 portugueses (74%) afirmam não ter tempo para fazerem aquilo que mais gostariam.
“O objectivo do estudo foi avaliar como é que as pessoas se sentem na vida quotidiana em relação à sua saúde, forma de estar, postura, estado mental e quais as razões que atribuem a algum mal-estar que têm”, afirma à Lusa a endocrinologista Isabel do Carmo, que analisou os resultados do estudo.
Segundo a investigação, 47% da população portuguesa sente-se cansada ou com falta de energia. Os principais motivos apontados pelos inquiridos são o emprego (62%), falta de exercício físico (54%) e alimentação pouco saudável (44%).
Para Isabel do Carmo, o que é “impressionante” é estas pessoas serem jovens adultos (grupo etário com mais de 55 anos representa 7% dos inquiridos) e, eventualmente, sem doenças queixarem-se de cansaço (58%), falta de energia e de não terem tempo livre.
Mais de metade dos inquiridos (51%) afirma que se sente mais cansado no Inverno, por oposição à Primavera, estação do ano em que apenas 3% sente maior fadiga.
Isabel do Carmo explica que “é fisiológico, porque no Inverno há menos luz solar, mais dificuldade em adaptação ao ambiente com chuva e frio, mais exigência do metabolismo”.
A primeira actividade de que os inquiridos abdicam quando se sentem cansados é, maioritariamente, a prática de exercício físico (44%), seguida de hobbies/tempo de lazer (17%) e dedicar tempo para si próprio (11%).
Questionados sobre o que fariam se pudessem ter mais uma hora por dia, os respondentes afirmam que iriam passar mais tempo de qualidade com a família e amigos (52%) e dormir mais (41%).
Para os inquiridos, praticar mais exercício físico (52%), ter mais tempo para si próprio (50%) e comer de forma mais saudável (44%) seriam as três principais formas de aumentar o sentimento de equilíbrio emocional e de saúde.
A maioria das mulheres (56%) acredita que tem mais energia do que os homens, mas queixam-se mais do cansaço motivado pelo trabalho doméstico (57%) do que eles (27%).
O estudo conclui, também, que 68% dos portugueses acreditam que a falta de energia tem impacto na vida amorosa.
Este estudo é um “alerta” e “teremos que ver se estas pessoas poderão ter falta de alguns nutrientes (vitaminas e sais minerais) e se isso lhes pode melhorar um pouco todas as queixas que têm”, disse Isabel do Carmo.
A endocrinologista no Hospital Santa Maria explica que, “numa vida quotidiana em que as pessoas estão sujeitas a stress e a esforço, a alimentação saudável e o exercício físico terão que ser formas de compensação”.
O estudo realizado pela Braun Research e pela Pfizer Consumer Healthcare consistiu num inquérito online e decorreu na Alemanha, Bélgica, Holanda, Áustria, República Checa, Grécia, Hungria, Itália, Portugal, Polónia, Irlanda, Eslovénia, Espanha e Reino Unido.