Ministro visita tropas no Líbano e realça importância de resolução de problemas na região
Na habitual visita na altura do Natal à força nacional destacada ao serviço da missão das Nações Unidas no Líbano, a UNIFIL, o ministro português referiu que Portugal faz questão de participar em operações de paz sob a égide desta organização, sublinhando também que há um “interesse estratégico” do lado português que resulta de estarem aqui presentes “vários países da União Europeia”.
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Na habitual visita na altura do Natal à força nacional destacada ao serviço da missão das Nações Unidas no Líbano, a UNIFIL, o ministro português referiu que Portugal faz questão de participar em operações de paz sob a égide desta organização, sublinhando também que há um “interesse estratégico” do lado português que resulta de estarem aqui presentes “vários países da União Europeia”.
Santos Silva lembrou que a partir de Janeiro Portugal passa a integrar o lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU e que no verão de 2011 será parte envolvida “na decisão de renovar o mandato da UNIFIL”. O ministro português considerou que, desde 2006 – ano em que Portugal passou a integrar esta missão - os resultados ao nível da paz no Líbano são “absolutamente extraordinários”, mas sublinhou que “a solução é delicada e complexa” e que “dela depende grande parte da estabilidade no mundo ocidental”.
Na visita às tropas portuguesas, estacionadas no sul do Líbano, junto à fronteira com Israel, assinalou ainda que no geral a componente de engenharia na UNIFIL tem aumentado gradualmente e não diminuído. “Na evolução desta missão não tem havido retracção da componente de engenharia, mas tem havido sim aumento, reforço desta componente na missão da UNIFIL”, disse.
Questionado sobre o facto de ter dito que as unidades de engenharia também podem desempenhar missões de combate, Santos Silva notou que a força presente no Líbano é em primeiro lugar constituída por militares. “As unidades de engenharia tem certas missões, aliás muito claras, são unidades cuja missão primeira é ajudar à mobilidade das nossas forças e, evidentemente, contrariar a mobilidade de forças adversárias, são unidades que desenvolvem trabalhos gerais de engenharia que são absolutamente essenciais do ponto de vista das infra-estruturas e da logística, mas que em situação de combate actuam como se fosse uma força de infantaria”, defendeu.
Neste contexto, o ministro da Defesa fez questão ainda de “chamar à atenção” para um ponto: “Nós não temos aqui engenheiros e trabalhadores de engenharia, claro que temos oficiais formados e de grande valor, mas o que temos aqui são militares, estas pessoas que estão aqui ao nosso lado são pessoas fardadas, armadas, prontas para enfrentar situações de risco e de incerteza e de acordo com o seu respectivo estatuto, até disponíveis para dar a vida, se necessário for, ao serviço da sua pátria, é disso que estamos a falar, de forças militares”.
Na sua visita ao Líbano, onde está acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, e pelo director-geral de Política de Defesa, Luís Faro Ramos, Santos Silva terá ainda um encontro com o vice-comandante da UNIFIL e, em Beirute, com o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri.
Recepção provisória do submarino "Arpão"Augusto Santos Silva adiantou também que a recepção provisória do segundo submarino comprado à Alemanha terá lugar nos estaleiros de Kiehl a 22 de Dezembro, numa cerimónia onde estará o chefe do Estado-Maior da Armada.
“Está acertado com o consórcio fornecedor que a recepção provisória do submarino Arpão se verificará nos estaleiros de Kiehl no próximo dia 22 de Dezembro”, disse Santos Silva.
Santos Silva referiu ter delegado funções no almirante Saldanha Lopes, actual CEMA, e no director-geral de Armamento e Equipamentos de Defesa, vice-almirante Viegas Filipe, que estarão presentes na cerimónia de passagem de bandeira alemã para portuguesa. A partir desse momento, os 33 militares portugueses que constituem a sua guarnição assumem o comando do submarino. Já sobre a chegada do Navio de Patrulha Oceânico “Viana do Castelo”, Santos Silva referiu estar a ser “fixada uma data entre o Natal e o Ano Novo para a recepção provisória para a Armada” do navio.