Público da feira Miami Art Basel cresce 16 por cento

Foto
Acquavella Galleries na Feira de Miami Andy Warhol: © 2007, Andy Warhol Foundation/ ProLitteris, Zurich

A adesão foi tão grande que por vários momentos a feira de Miami teve que fechar as portas por atingir a lotação máxima do espaço. “Isto é resultado do nosso crescimento, a adesão diária cresceu 16 por cento em relação ao ano passado”, disse Dan Tanzilli, porta-voz do evento, ao jornal The Wall Street Journal (TWSJ).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A adesão foi tão grande que por vários momentos a feira de Miami teve que fechar as portas por atingir a lotação máxima do espaço. “Isto é resultado do nosso crescimento, a adesão diária cresceu 16 por cento em relação ao ano passado”, disse Dan Tanzilli, porta-voz do evento, ao jornal The Wall Street Journal (TWSJ).

No total estiveram mais de 250 galerias presentes de todo o mundo, apresentando trabalhos de mais de dois mil artistas. A maioria dos participantes ficou satisfeita com o nível de negócios realizado, acima das expectativas.

A galerista portuguesa Cristina Guerra, responsável pela galeria homónima, esteve presente na feira e também faz um balanço positivo. “Correu melhor do que no ano passado”, disse a galerista ao PÚBLICO. “Ainda não conseguimos recuperar o dinheiro investido na feira, mas nota-se que o mercado está a retomar”, disse Cristina Guerra, explicando que a galeria e os artistas representados ainda não são muito conhecidos internacionalmente e por isso os resultados não serão tão elevados. “Estamos a crescer e este ano já correu melhor, vendemos trabalhos de João Louro, Rosângela Rennó, Juan Araujo, José Loureiro e Rui Toscano”, acrescentou a galerista que vê na Miami Art Basel um investimento para o seu negócio. “Há sempre um pós-feira, há pessoas que só surgem depois e que estão interessadas em trabalhos que viram expostos na feira.”

Zach Feuer, da galeria nova-iorquina com o mesmo nome, disse ao jornal que grande parte das obras que expos na feira foram comprados, destacando o facto de ter vendido mais depressa e melhor as peças mais caras, marcadas entre os 7500 euros e os 102 mil euros. “As pessoas não querem desenhos pequenos, elas querem coisas grandes”, atestou o galerista. Opinião partilhada pela organização da Miami Art Basel que em comunicado explicou que “a alta qualidade dos trabalhos apresentados, permitiu manter as vendas num nível muito forte”.

“Esta foi de longe a melhor edição da Miami Art Basel”, disse ao site Bloomberg David Kordansky, um galerista de Los Angeles que apresentou na feira uma escultura de Aaron Curry no valor de cerca de 45 mil euros e uma escultura de Richard Jackson no valor de 90 mil euros. “Vendemos tudo”, acrescentou.

A galeria nova-iorquina, Acquavella Galleries, também vendeu grande parte das suas obras expostas que continha trabalhos de Henri Matisse, Amedeo Modigliani e Andy Wharol. “Temos que mostrar obras muito caras para chamar a atenção”, disse Robert Landau, responsável pela galeria, que vendeu um quadro de Warhol com imagens repetidas de um Mercedes-Benz, por de 4,5 milhões de euros.

A Miami Art Basel é um dos acontecimentos mais esperados no calendário das artes nos Estados Unidos. Criada em 2002, a feira de Miami tem origem na feira Art Basel, que se realiza todos os anos em Basileia, na Suiça. O objectivo foi realizar um evento similar nos Estados Unidos.