Marques Mendes considera nova empresa pública “uma provocação” e um “escândalo”

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Marques Mendes Foto: Pedro Cunha

Revelou também que, nos últimos três anos, o executivo criou oito novas empresas públicas, o que representou “31 novos administradores, todos com vencimentos iguais ou superiores aos de ministros”.

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Revelou também que, nos últimos três anos, o executivo criou oito novas empresas públicas, o que representou “31 novos administradores, todos com vencimentos iguais ou superiores aos de ministros”.

“Mais uma EP o que é? São mais lugares de administradores; são mais lugares de directores, assessores e secretárias; são mais automóveis topo de gama. Tudo à custa do zé-povinho, o que aperta o cinto”, afirmou o ex-líder do PSD, no seu comentário habitual na Edição da Dez da TVI24.

Marques Mendes disse que o Governo está a fazer “o contrário do que devia ser feito”, que era extinguir empresas públicas e que “infelizmente este é o ADN do Governo”: “Estado sempre a engordar. Os portugueses sempre a emagrecerem e a diminuírem os seus orçamentos.”

O social-democrata considera esta intenção do Governo “tão escandalosa que merecia que os partidos da oposição, em conjunto, se unissem para impedir no Parlamento a criação de mais esta empresa pública”.

Marques Mendes lembrou que, nos últimos três anos, “já em tempo de crise”, foram criadas oito novas empresas públicas, o que, além de causar a nomeação de 31 novos administradores, representou ainda “a nomeação de muitas dezenas de directores”.

Novas empresas públicas que, segundo ex-líder do PSD, “podem ser extintas, porque têm competências sobrepostas a outras entidades do Estado”.

“É assim que os mercados financeiros e as instituições internacionais não confiam em nós. Damos sinais errados e tomamos decisões erradas”, acrescentou.

O ex-líder do PSD considerou também “absolutamente escandaloso” o facto de o Governo Regional dos Açores ir cortar os salários dos funcionários regionais, como acontece em toda a administração pública no combate à crise, mas já ter anunciado que vai criar um subsídio que compense esses cortes. “Isto é uma vergonha. Dá ideia que há funcionários públicos de primeira e de segunda. Isto não é política da manhã e chico-espertismo. Isto é uma falta de vergonha completa”, acusou.