Governo diz que a greve foi parcial e vai manter política orçamental

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Vieira da Silva diz que ontem não houve uma greve geral, houve "uma greve parcial" Foto: Daniel Rocha

“Respeitamos essas manifestações de protesto, mas Portugal continuará a seguir o caminho que tem vindo a seguir, nomeadamente na sua política orçamental”, assegurou Vieira da Silva, que falava em Bruxelas, à margem de uma reunião dos ministros responsáveis pela Competitividade da União Europeia.

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“Respeitamos essas manifestações de protesto, mas Portugal continuará a seguir o caminho que tem vindo a seguir, nomeadamente na sua política orçamental”, assegurou Vieira da Silva, que falava em Bruxelas, à margem de uma reunião dos ministros responsáveis pela Competitividade da União Europeia.

Vieira da Silva sublinhou que “não foram ainda, até hoje, apresentadas alternativas sólidas” às medidas de austeridade e que as actualmente em vigor são para ficar.

Quanto à greve geral de ontem, que segundo o Governo teve uma adesão de 28,6 por cento na administração central, um número que, por sua vez, os sindicatos aproximaram dos 90 por cento, o ministro da Economia classificou-a de “greve parcial”. “Obviamente não foi uma greve geral, foi uma greve parcial”, reforçou, acrescentando que a paralisação “teve algum impacto, ainda que minoritário, na administra pública, teve um impacto com algum significado no sector dos transportes, mas teve um impacto muito minoritário na actividade privada”.

O ministro acrescentou que o que Executivo sabe “é que a greve geral se desenrolou com normalidade do ponto de vista dos diferentes agentes”.

Pela segunda vez em mais de 20 anos, a CGTP e a UGT uniram-se no apelo a uma greve geral, que ontem decorrem contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, e que prevêem cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA.