Irlanda na iminência de precisar de ajuda externa

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Durão Barroso diz que Bruxelas está “a supervisionar a situação na Irlanda” Daniel Rocha/Arquivo

Aliás, hoje o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já veio dizer que a UE está disponível para ajudar a Irlanda. “Estamos a supervisionar a situação na Irlanda” e, “em caso de necessidade”, a União Europeia está “pronta para apoiar” o país, disse numa conferência de imprensa, acompanhado do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

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Aliás, hoje o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já veio dizer que a UE está disponível para ajudar a Irlanda. “Estamos a supervisionar a situação na Irlanda” e, “em caso de necessidade”, a União Europeia está “pronta para apoiar” o país, disse numa conferência de imprensa, acompanhado do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

As taxas de juro irlandesas romperam hoje a barreira psicológica dos nove por cento, e esta tendência poderá estar a ajudar a degradar as condições de financiamento de Portugal, cujas taxas de juro estão pelo terceiro dia consecutivo acima dos sete por cento e hoje de manhã tocaram os 7,5 por cento, segundo os dados da plataforma da Reuters, a que é utilizada pelo PÚBLICO. Às 17h47, os juros das obrigações irlandesas a dez anos continuavam a negociar acima dos nove por cento (9,233).

As taxas irlandesas a dez anos disparam desde meados de Outubro, como aconteceu com as de Portugal e da Grécia, mas também com as da Espanha e da Itália, se bem que estas estejam em níveis ainda significativamente inferiores, no que já pode ser visto como uma reedição da crise da dívida pública dos países do euro vivida na Primavera. Para a dívida portuguesa, a subida foi de 5,6 por cento a 18 de Outubro para níveis acima dos sete por cento.

A degradação da situação da Irlanda aconteceu depois de, ontem, uma das mais importantes casas de compensação europeias, a LCH.Clearnet, ter anunciado que passa a exigir, já a partir desta semana, um depósito de 15 por cento contra todas as posições em obrigações irlandesas, que servirão para indemnização em caso de incumprimento do Estado irlandês.

Esta decisão gerou uma “venda em rajada”, na expressão do diário britânico Financial Times, da parte de agentes do mercado que não estão em condições ou não querem fazer aquele depósito, que gerou o que aquele jornal classifica como “uma venda dramática” de obrigações irlandesas.

Um analista ouvido por aquele jornal dizia que a Irlanda “está perto de perder a credibilidade entre os investidores, se é que já não a perdeu”. Os juros das obrigações a dez do país no mercado secundário estão a aproximar-se do nível das gregas, que às 12h35 estavam em 11,752 por cento.

Notícia actualizada às 17h49