Portugal não vai precisar do FMI, diz antigo director-geral

Este antigo responsável da instituição, que liderava quando da sua intervenção em Portugal nos anos 1980, acredita que Portugal vai conseguir gerir as finanças públicas e voltar a incutir confiança nos mercados, segundo declarações feitas hoje em Lisboa, à margem da conferência “A actividade financeira e o novo modelo de supervisão”, promovida em Lisboa pelo BPI Pensões.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Este antigo responsável da instituição, que liderava quando da sua intervenção em Portugal nos anos 1980, acredita que Portugal vai conseguir gerir as finanças públicas e voltar a incutir confiança nos mercados, segundo declarações feitas hoje em Lisboa, à margem da conferência “A actividade financeira e o novo modelo de supervisão”, promovida em Lisboa pelo BPI Pensões.

Larosière disse também que as agências de rating deviam analisar a realidade portuguesa com mais detalhe, porque não estão a olhar devidamente, e subir a notação de risco do país.

“Perante as medidas significativas tomadas por Portugal” na proposta de Orçamento para 2011, Larosière acha que se “justifica que as agências revejam em alta o rating da dívida soberana portuguesa”, segundo disse aos jornalistas.

Este especialista discorda das regras de Basileia no que respeita ao reforço dos capitais dos bancos, defendendo em alternativa que devem ser reforçadas as provisões, como acontece no sistema espanhol.

Elogiou ainda a supervisão bancária portuguesa, que “não falhou” na recente crise financeira.