Lula: “Dilma precisa construir um governo que seja a cara dela”

Foto
Voltar a ser candidato em 2014? “Nem sei se vou estar vivo até lá” Paulo Whitaker/REUTERS

Questionado pelos jornalistas após votar em São Bernardo do Campo, em São Paulo, esta manhã, o Presidente do Brasil deixou em aberto a possibilidade de voltar a ser candidato ao Palácio do Planalto em 2014. “Nem sei se vou estar vivo até lá”, disse, citado pelo “site” do jornal “O Globo”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Questionado pelos jornalistas após votar em São Bernardo do Campo, em São Paulo, esta manhã, o Presidente do Brasil deixou em aberto a possibilidade de voltar a ser candidato ao Palácio do Planalto em 2014. “Nem sei se vou estar vivo até lá”, disse, citado pelo “site” do jornal “O Globo”.

Lula recusou a possibilidade de participar no Governo da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), caso Dilma saia vencedora na segunda volta, como prevêem as sondagens.

“Não existe nenhuma possibilidade de um ex-presidente participar de um Governo, mas vou continuar conversando com Dilma. Ela é minha companheira”, disse Lula, citado pelo mesmo jornal. As palavras do actual Presidente vão ao encontro daquilo que a “petista” assumiu ontem: de que Lula seria seu consultor, sempre que possível.

“Dilma precisa construir um governo que seja a cara dela, com jeito dela, com pessoas em que ela confie”, acrescenta a “Folha de São Paulo” online sobre as declarações do Presidente.

O homem que lançou Dilma na corrida para a presidência – e que se envolveu intensamente na campanha da candidata do PT para a primeira e segunda voltas – deixou críticas ao principal adversário, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Quando lhe perguntavam sobre os ataques entre as duas candidaturas durante a campanha eleitoral, Lula saiu ao ataque: ““Essa campanha foi muito mais violenta de uma parte para outra. Eu, sinceramente, acho que o candidato Serra sai menor dessa campanha. Porque a agressividade deles à companheira Dilma Rousseff é uma coisa que eu imaginava que já tivesse terminado na política brasileira”, escreve o “Estadão”.

De imediato responderam vozes do PSDB: Aloysio Nunes Ferreira, senador eleito por São Paulo, inverteu a acusação dizendo que é Lula que sai menor da eleição. E Geraldo Alckmin, governador eleito de São Paulo, defendeu Serra, chamando-lhe de “guerreiro”, escreve “O Globo”.

Notícia actualizada às 18h30