Sócrates nega que tenha sido pressionado pelos parceiros europeus por causa do défice
“Não. Não só não senti, como isso não foi sequer discutido”, disse o primeiro-ministro no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
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“Não. Não só não senti, como isso não foi sequer discutido”, disse o primeiro-ministro no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
José Sócrates recordou que “mais de metade dos países que estão à volta daquela mesa e que são da zona euro estão, [assim como Portugal], em défice excessivo”.
“Se se refere ao facto de eu ter feito um reparo por a Alemanha estar em défice excessivo, não, não fiz. Nem relativamente à França”, afirmou.
Para o primeiro-ministro “há muitos portugueses que têm complexos de culpa. Encaram tudo o que se passa em Bruxelas e na Europa como algo superior” a Portugal. “Não, isso não é a nossa Europa e as nossas posições não estão enfraquecidas”, insistiu.
Por outro lado, José Sócrates explicou que os 27 tinham decidido reforçar as sanções previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento porque a decisão é importante para a estabilidade da zona euro. “Essas sanções são agora mais exigentes, mas suficientes”, afirmou.