A música de Tiago Sousa, de um academismo que recusa academias e que conjuga um ambiente de composição com a confiança no improviso, é algo a que já não conseguimos escapar. Tornou-se impossível ignorá-lo desde que, em 2009, foi editado o magnífico "Insónia", o álbum onde se revelou de forma decisiva a sua linguagem musical, centrada no piano e numa visão pessoalíssima da música erudita contemporânea que acolhe o jazz e a música exploratória da actualidade. Estejamos portanto atentos ao que se segue.

A música de Tiago Sousa, de um academismo que recusa academias e que conjuga um ambiente de composição com a confiança no improviso, é algo a que já não conseguimos escapar. Tornou-se impossível ignorá-lo desde que, em 2009, foi editado o magnífico "Insónia", o álbum onde se revelou de forma decisiva a sua linguagem musical, centrada no piano e numa visão pessoalíssima da música erudita contemporânea que acolhe o jazz e a música exploratória da actualidade. Estejamos portanto atentos ao que se segue.

O próximo álbum de Tiago Sousa será editado em Março 2011 pela americana Immune Recordings, com distribuição da histórica Thrill Jockey, e tem por título "Walden Pond's Monk". Inspirado na obra do americano Henry David Thoreau, autor de "Desobediência Civil" ou do "Walden" inscrito no título do álbum, é descrito como uma continuação da estética em desenvolvimento desde "Crepúsculo", o álbum de estreia, editado em 2006.

Desta vez, a evolução foi ditada pelo encontro com a obra citada de Thoreau, reflexão próxima do manifesto marcada por uma espiritualidade animista, algo que, de resto, se pressentia no pessoalíssimo romantismo da obra anterior de Tiago Sousa. Enquanto o álbum não é editado, continuam os concertos. Dia 30, pelas 21h30, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa; dia 19 de Novembro na Trem Azul, também em Lisboa; e a 4 de Dezembro no Centro Cultural do Cartaxo, integrado no Festival Muco.