Dissidente chinês Liu Xiaobo pediu à mulher para receber o Nobel da Paz em seu nome

Foto
Liu Xia com o marido Reuters

“Ele disse-me ter esperança que me seja permitido viajar para receber o prémio por ele. Mas acho que vai ser muito difícil”, afirmou Liu Xia, em declarações feitas por telefone à agência noticiosa britânica Reuters.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Ele disse-me ter esperança que me seja permitido viajar para receber o prémio por ele. Mas acho que vai ser muito difícil”, afirmou Liu Xia, em declarações feitas por telefone à agência noticiosa britânica Reuters.

A mulher do dissidente e activista dos direitos humanos, que se encontra actualmente submetida a um regime de detenção domiciliária, não crê que o regime de Pequim – profundamente desagradado com a atribuição do Nobel ao dissidente – lhe dê luz verde para a deslocação à Noruega, onde a cerimónia de entrega do Nobel está agendada para 10 de Dezembro.

Para Pequim, a escolha de Liu Xiaobo, “um criminoso que cumpre uma sentença de prisão”, como Nobel da Paz constitui “uma falta de respeito pelo sistema legal” chinês, sublinhou já hoje o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, reiterando o tom de azedume com que a China tem vindo a expressar-se ao longo dos últimos dias sobre esta questão.