Zaha Hadid recebe Prémio Stirling de arquitectura

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O Maxxi de Roma, de Zaha Hadid Miguel Madeira

A escolha de Zaha Hadid para o prémio atribuído pelo Royal Institute of British Architects (RIBA), e anunciado no sábado à noite, não foi uma surpresa – a arquitecta, que já fora nomeada em três edições anteriores com diferentes projectos, era dada como favorita este ano. Da lista de finalistas faziam também parte David Chipperfield pelo recém-restaurado Neues Museum em Berlim, Rick Mather pelo acrescento ao Museu Ashmolean de Oxford, o atelier Theis and Khan por uma casa-escritório em Londres (Batleman’s Row) e os ateliers DSDHA e dRMM, ambos por projectos de escolas.

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A escolha de Zaha Hadid para o prémio atribuído pelo Royal Institute of British Architects (RIBA), e anunciado no sábado à noite, não foi uma surpresa – a arquitecta, que já fora nomeada em três edições anteriores com diferentes projectos, era dada como favorita este ano. Da lista de finalistas faziam também parte David Chipperfield pelo recém-restaurado Neues Museum em Berlim, Rick Mather pelo acrescento ao Museu Ashmolean de Oxford, o atelier Theis and Khan por uma casa-escritório em Londres (Batleman’s Row) e os ateliers DSDHA e dRMM, ambos por projectos de escolas.

O júri considerou que o Maxxi é “uma peça de arquitectura madura, o resultado de anos de experimentação, da qual apenas uma fracção chegou à fase de construção”. O museu, que se desenrola como uma espécie de labirinto ondulante e suspenso no ar, “dá ao visitante uma sensação de exploração”. É, conclui o júri, “o melhor trabalho [de Zaha Hadid] até hoje.” O Maxxi divide-se em dois museus com duas colecções diferentes, Maxxi Arte (um acervo para já de 350 obras) e Maxxi Arquitectura (75 mil desenhos de arquitectura, incluindo os arquivos pessoais de vários arquitectos italianos do século XX).

O "Financial Times" lembra que, apesar do prestígio indiscutível da arquitecta, a escolha do Maxxi não é consensual: por um lado foram levantadas dúvidas sobre se o espaço ondulante do museu será o ideal para a exposição de obras de arte; e por outro trata-se de mais um “blockbuster”, um edifício cultural que vale por si mesmo (em Novembro de 2009 o edifício foi aberto a visitas antes de ter quaisquer obras de arte no seu interior) e não de um projecto com maior consciência social, uma opção defendida por alguns arquitectos numa altura de crise económica.

Por outro lado, há analistas que sublinham a importância da distinção, frisando que Zaha Hadid não tem tido, no Reino Unido, as oportunidades que mereceria. Mas ultimamente a arquitecta começou a obter maior reconhecimento dentro do seu país: concluiu recentemente uma escola na capital britânica e está a trabalhar num Centro Aquático para as Olimpíadas de 2012 em Londres.