Salões do Palácio de Versalhes fechados à arte contemporânea
Murakami e as suas criações têm provocado polémica desde o dia da inauguração da exposição. Para as vozes que se levantaram contra a exposição de Takashi Murakami, a intrusão da arte contemporânea num monumento histórico é uma profanação.
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Murakami e as suas criações têm provocado polémica desde o dia da inauguração da exposição. Para as vozes que se levantaram contra a exposição de Takashi Murakami, a intrusão da arte contemporânea num monumento histórico é uma profanação.
No dia da inauguração da exposição de Murakami houve mesmo uma manifestação de protesto à porta do palácio e desde então mais de 12 mil pessoas já assinaram duas petições anti-Murakami. Segundo o "The Art Newspaper", os contestatários defendem que este tipo de exposições modernas chocam com a obra de arte que é o próprio palácio.
Jean-Jacques Aillagon, director do Palácio de Versalhes, declarou ao mesmo jornal que a decisão de terminar com as exposições de arte contemporânea naquele espaço não é uma cedência às exigências dos grupos de protesto mas apenas uma medida de precaução para que o mesmo não volte a acontecer no futuro. Assim, as próximas exposições de arte contemporânea passarão a ser expostas noutras áreas distintas e exteriores ao Palácio.
Esta não é a primeira vez que uma exposição no Palácio Real causa controvérsia. Em 2008, uma exposição do artista americano Jeff Koons no local provocou também muitas críticas. A exposição "Murakami Versailles" estará no Palácio de Versalhes até 12 de Dezembro.