Planos Poupança Reforma aumentaram em 2009 mas produção seguradora recuou 7,1 por cento

No relatório anual do sector segurador e fundos de pensões divulgado ontem, o Instituto de Seguros de Portugal revelou que, no actual contexto económico, a tomada de consciência dos portugueses relativamente à importância da poupança individual para o período pós-reforma tem vindo a aumentar. No ano passado, o montante investido em PPR cresceu 11,7 por cento, ultrapassando os 15 mil milhões de euros. O segmento dos seguros de vida registou um aumento de 14,2 por cento, enquanto que os fundos de pensões subiram 3,9 por cento.

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No relatório anual do sector segurador e fundos de pensões divulgado ontem, o Instituto de Seguros de Portugal revelou que, no actual contexto económico, a tomada de consciência dos portugueses relativamente à importância da poupança individual para o período pós-reforma tem vindo a aumentar. No ano passado, o montante investido em PPR cresceu 11,7 por cento, ultrapassando os 15 mil milhões de euros. O segmento dos seguros de vida registou um aumento de 14,2 por cento, enquanto que os fundos de pensões subiram 3,9 por cento.

Já os prémios provenientes dos PPR atingiram os 3,3 mil milhões de euros, sendo que 94 por cento corresponde a PPR na forma de seguros de vida. Enquanto veículo de financiamento "privilegiado", a procura de seguros de vida tem vindo a aumentar, "resultado da garantia de capital e de rendibilidade que proporciona", refere o relatório.

A autoridade de supervisão de seguros e fundos de gestão revelou ainda que a produção de seguro directo diminuiu 7,1 por cento face a 2008, consequência da recessão da actividade económica global. O ramo Vida registou uma quebra de oito por cento enquanto que os ramos Não Vida caíram 4,8 por cento.

Já no primeiro semestre deste ano, a tendência inverteu-se, e a produção do sector segurador aumentou 24,3 por cento face ao período homólogo de 2009, para os quase oito mil milhões de euros.

A "recuperação dos mercados financeiros" contribuiu para uma melhoria significativa da situação financeira e patrimonial das empresas de seguros que em 2009 reforçaram o investimento em obrigações e papel comercial. Os níveis de solvência das empresas de seguros têm-se mantido "bastante confortáveis para o sector", refere o relatório. No primeiro semestre de 2010, a margem de solvência atingiu os 176 por cento.