Tamara Drewe
"Tamara Drewe" faz a ponte com os dois anteriores filmes de Stephen Frears, "A Rainha" e "Cheri", no olhar ácido e desapaixonado sobre um microcosmos e o modo como uma mulher procura escapar-lhe para se redefinir enquanto pessoa - e a Tamara de Gemma Arterton, jornalista que regressa de Londres à sua aldeia natal para refazer a vida, é tão cortesã como era a Cheri de Michelle Pfeiffer, mesmo que de modos diferentes. Frears aproveita ao máximo as oportunidades que o guião lhe propõe para desmontar a aparência pacata dos retiros bucólicos e fazer uma sátira devastadora aos costumes britânicos, mas a dispersão de tramas e personagens resulta num filme mole e sem ritmo, onde a verdadeira estrela não é a convenientemente plástica Arterton mas a esplendorosa Tamsin Greig como a esposa frustrada de um romancista pedante. Divertido mas inconsequente, é um filme menor na obra do cineasta britânico.
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"Tamara Drewe" faz a ponte com os dois anteriores filmes de Stephen Frears, "A Rainha" e "Cheri", no olhar ácido e desapaixonado sobre um microcosmos e o modo como uma mulher procura escapar-lhe para se redefinir enquanto pessoa - e a Tamara de Gemma Arterton, jornalista que regressa de Londres à sua aldeia natal para refazer a vida, é tão cortesã como era a Cheri de Michelle Pfeiffer, mesmo que de modos diferentes. Frears aproveita ao máximo as oportunidades que o guião lhe propõe para desmontar a aparência pacata dos retiros bucólicos e fazer uma sátira devastadora aos costumes britânicos, mas a dispersão de tramas e personagens resulta num filme mole e sem ritmo, onde a verdadeira estrela não é a convenientemente plástica Arterton mas a esplendorosa Tamsin Greig como a esposa frustrada de um romancista pedante. Divertido mas inconsequente, é um filme menor na obra do cineasta britânico.