O Benfica não matou o fantasma, o fantasma matou o Benfica
A equipa de Jorge Jesus perdeu numa partida que se decidiu na segunda parte. Farfán (73’) e Huntelaar (85’) assinaram o resultado favorável à equipa orientada por Felix Magath, que pela primeira vez na presente temporada terminou um jogo sem sofrer golos. Num encontro que opôs duas equipas que não iniciaram bem a época, os anfitriões foram mais fortes.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A equipa de Jorge Jesus perdeu numa partida que se decidiu na segunda parte. Farfán (73’) e Huntelaar (85’) assinaram o resultado favorável à equipa orientada por Felix Magath, que pela primeira vez na presente temporada terminou um jogo sem sofrer golos. Num encontro que opôs duas equipas que não iniciaram bem a época, os anfitriões foram mais fortes.
O Benfica pode-se queixar sobretudo de erros próprios, que foram decisivos para o resultado final. César Peixoto deixou Farfán sozinho no lance do 1-0, em que o peruano teve tempo para tudo e rematar para o golo; David Luiz perdeu a bola de forma infantil para Raúl na jogada do 2-0, deixando o veterano avançado espanhol com tempo e espaço para progredir na direcção da baliza. Calmamente, Raúl deu na esquerda em Jermaine Jones, que assistiu Huntelaar para o segundo do Schalke 04.
Jorge Jesus – que pela primeira vez esta temporada repetiu a equipa titular, colocando em campo os mesmos onze que venceram o Marítimo apesar de ter Aimar apto – viu a sua equipa entrar no jogo com vontade, mas esta foi-se progressivamente esgotando. Numa primeira parte bem disputada, as melhores oportunidades pertenceram à equipa da casa, ainda que o Schalke 04 demonstrasse precipitação na hora de atacar a baliza de Roberto.
O lance mais flagrante da primeira parte surgiu já aos 41’: após uma boa combinação com Jurado, Raúl enviou a bola ao poste da baliza “encarnada”, com Roberto a evitar a recarga de Rakitic. Antes disso, a formação orientada por Felix Magath já tinha introduzido a bola na baliza em duas ocasiões (9’ e 18’), ambas invalidadas por fora-de-jogo.
Com esta derrota, o Benfica cai do primeiro para o terceiro posto do Grupo B, atrás de Lyon e Schalke 04. Mas, mais que isso, num estádio que o futebol português recorda por bons motivos, os “encarnados” não conseguiram matar o fantasma de não conseguir ganhar na Alemanha.
Raúl
Aos 33 anos, ainda é um avançado temível e, por isso, mereceu cuidados especiais da defesa do Benfica. Não marcou mas foi decisivo.
Meio-campo do Schalke
Matip, Farfán, Rakitic e Jurado formaram um quarteto que funcionou, ainda que o último passe para os avançados nem sempre saísse bem.
NEGATIVOGaitán
Jorge Jesus deu-lhe a titularidade mas arrependeu-se ao intervalo, retirando-o de campo para fazer entrar Salvio. Gaitán vai perdendo margem de manobra.
César Peixoto
O lado esquerdo da defesa continua a dar dores de cabeça ao treinador do Benfica, obrigado a abdicar de Fábio Coentrão para a posição face à escassez de recursos.
Ficha de jogoSchalke
2
Benfica0
Jogo na Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen. Assistência 50.436 espectadores
Neuer 6, Uchida 5 (Sarpei 6, 58), Metzelder 6, Papadopoulos 6, Schmitz 6, Matip 7, Jurado 7 (Kluge -, 78’), Farfán 07 Rakitic 7 (Jones 6, 66’), Raúl 7 e Huntelaar 7.
Treinador:
Felix Magath
BenficaRoberto 5, Maxi Pereira 6, Luisão 6, David Luiz 5, César Peixoto 5, Javi Garcia 6, Fábio Coentrão 6, Gaitán 5 (Salvio 5, 46’), Carlos Martins 6, Saviola 6 (Aimar 5, 63’) e Cardozo 5 (Kardec -, 71’).
Treinador:
Jorge Jesus
Árbitro:Gianluca Rocchi 5, da Itália. Amarelos Gaitán (45’), Salvio (49’), Javi Garcia (56’), Uchida (57’) e Farfán (62’).
Golos:1-0, por Farfán, aos 73’
2-0, por Huntelaar, aos 85’.
Notícia actualizada às 22h47