Presidente do Conselho de Ética denuncia comércio ilegal de óvulos

Foto
O responsável alertou que muitas mulheres começam a ser tratadas no público e acabam num hospital privado Foto: Carla Carvalho Tomás/arquivo

O responsável salientou que a situação “é ilegal”, mas garantiu que existe em Portugal. Miguel Oliveira e Silva alertou, ainda, para as consequências que este comércio pode ter nas mulheres que aceitam vender os seus óvulos, defendendo mais fiscalização.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O responsável salientou que a situação “é ilegal”, mas garantiu que existe em Portugal. Miguel Oliveira e Silva alertou, ainda, para as consequências que este comércio pode ter nas mulheres que aceitam vender os seus óvulos, defendendo mais fiscalização.

“Toda a gente sabe que há óvulos importados em Portugal em diversas clínicas privadas por exemplo do Norte da Europa, da Escandinávia ou de Países de Leste. Apesar de proibida por lei, na prática a lei não sei se está a ser inteiramente cumprida”, afirmou, à mesma rádio. E acrescentou que este comércio também é feito no caso dos espermatozóides, ressalvando que não dispõe de provas em nenhum dos casos.

O presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida alertou ainda para a falta de transparência dos médicos que trabalham na área da Procriação Medicamente Assistida nos hospitais públicos e privados, já que muitas mulheres começam a ser tratadas no público e acabam num hospital privado.