Manifestação contra medidas "racistas" do Governo francês em Lisboa e Porto
De acordo com Maria José, professora universitária e elemento da organização, "não se pode ficar indiferente" face às recentes decisões tomadas em França. "Achei que Portugal também não podia ficar fora desta onda de solidariedade", acrescentou.
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De acordo com Maria José, professora universitária e elemento da organização, "não se pode ficar indiferente" face às recentes decisões tomadas em França. "Achei que Portugal também não podia ficar fora desta onda de solidariedade", acrescentou.
Lisboa e Porto alertaram para o tema, reunindo mais de uma centena de pessoas. "Estamos aqui em nome da igualdade de oportunidades, mas também para mostrar indignação face às medidas instituídas", disse.
Claire Healy, uma das muitas pessoas presentes junto à embaixada, não podia deixar de comparecer. "Sabemos o que acontece quando existem leis contra uma etnia. É perigoso, e pode ter consequências muito graves", afirmou a investigadora de migrações, acrescentando que o Governo francês está a dar um passo "em direcção ao passado", ideia partilhada por todos os presentes.
Para Manuel Carlos Silva, também professor universitário, França tomou decisões "xenófobas e racistas". Actos considerados "muito graves", que exigem "que se faça algo".
José Quintino, mediador sociocultural de etnia cigana, juntou-se à manifestação para apoiar a sua comunidade, com quem trabalha "directamente". "O essencial é dar-lhes oportunidades! Integrar em vez de expulsar!", explicou o jovem.
Para Maria José, o Governo francês está "a começar pelos mais fracos", e se não existir uma reacção, "depressa chegará a outros grupos".
Para João Teixeira Lopes, também membro organizador da iniciativa, o essencial é "não ficar em silêncio". "Não aprendemos nada com os erros que foram cometidos no passado", acrescentou. De acordo com João Teixeira Lopes, o Porto contou com cerca de 50 pessoas na iniciativa e Lisboa reuniu cerca de 70 pessoas.