Pedro Namora defende que “recursos devem ser esperados na cadeia”

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A leitura da sentença começou com mais de uma hora de atraso Foto: Rui Gaudêncio

O ex-casapiano, visivelmente emocionado, contou que se comprovaram os crimes contra todos os acusados e que os alunos da Casa Pia que estão dentro da sala de audiências estavam “muito nervosos e emocionados”, assim como Catalina Pestana, antiga provedora da instituição.

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O ex-casapiano, visivelmente emocionado, contou que se comprovaram os crimes contra todos os acusados e que os alunos da Casa Pia que estão dentro da sala de audiências estavam “muito nervosos e emocionados”, assim como Catalina Pestana, antiga provedora da instituição.

Pedro Namora disse ter “nojo ao olhar para a cara dos arguidos” e alertou para a “possibilidade de fugas” ou de reincidência nos crimes que foram dados como provados, caso os eventuais recursos sejam aguardados em liberdade. Ainda assim, salvaguardou a hipótese de não haver condenação, afirmando: “Se não houver condenação é Portugal no seu melhor”.

Nos corredores do tribunal, Bernardo Teixeira, uma das vítimas dos abusos, mostrava-se satisfeito com o que ouviu até agora. “Causa um certo conforto, depois de todos estes anos a nos terem chamado de mentirosos”. "Finalmente sentimos que se está a fazer justiça", reforçou o aluno. "Precisamos de ouvir que eles são culpados, que são mesmo pedófilos", insistiu.

O tribunal considerou como provados actos sexuais praticados por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto e Carlos Cruz, Ferreira Diniz e Hugo Marçal com menores da Casa Pia. Os juízes deram também como provado que Gertrudes Nunes tinha conhecimento de que a sua casa de Elvas era utilizada para a prática dos abusos.

Notícia actualizada às 13h42