Hugo Marçal considera que já está condenado e anuncia que vai recorrer

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O julgamento está a decorrer no Campus da Justiça Foto: Enric Vives-Rubio

O arguido disse que "as provas não foram apreciadas de forma conveniente" e insistiu que não percebe como é que o colectivo de juízes chegou a estas conclusões. "Houve falta de rigor", acusou, explicando que vai reunir com a sua advogada para "pensar numa estratégia de intervenção" e "lutar para que se descubra a verdade".

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O arguido disse que "as provas não foram apreciadas de forma conveniente" e insistiu que não percebe como é que o colectivo de juízes chegou a estas conclusões. "Houve falta de rigor", acusou, explicando que vai reunir com a sua advogada para "pensar numa estratégia de intervenção" e "lutar para que se descubra a verdade".

Todos os arguidos do processo da Casa Pia podem vir a ser condenados hoje, dado que o tribunal já considerou provado que cometeram ou favoreceram abusos sexuais com ex-alunos da instituição. A leitura do acórdão, que será feita de forma resumida, é retomada esta tarde com a fundamentação do processo principal, prevendo-se que esta demore duas horas. Já foram dados como provados pelo menos 19 crimes.

O tribunal considerou como provados actos sexuais praticados por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz, Ferreira Diniz e Hugo Marçal com menores da Casa Pia. Os juízes deram também como provado que Gertrudes Nunes tinha conhecimento de que a sua casa de Elvas era utilizada para a prática dos abusos.

Em relação ao arguido Hugo Marçal, que está pronunciado por lenocínio (fomento à prostituição com fins lucrativos), o tribunal considerou provado que este providenciou uma casa em Elvas, pedida à arguida Gertrudes Nunes.