Advogado de Carlos Cruz lembra que falta ouvir fundamentação dos crimes

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Carlos Cruz, à entrada para o Campus da Justiça Foto: Rui Gaudêncio

O causídico estranhou, ainda, que na acusação relacionada com os alegados crimes na casa de Elvas tenham chegado a estar 18 pessoas e que agora só o seu cliente tenha sido associado aos actos praticados naquele local.

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O causídico estranhou, ainda, que na acusação relacionada com os alegados crimes na casa de Elvas tenham chegado a estar 18 pessoas e que agora só o seu cliente tenha sido associado aos actos praticados naquele local.

Todos os arguidos do processo da Casa Pia podem vir a ser condenados hoje, dado que o tribunal já considerou provado que cometeram ou favoreceram abusos sexuais com ex-alunos da instituição. A leitura do acórdão, que será feita de forma resumida, é retomada esta tarde com a fundamentação do processo principal, prevendo-se que esta demore duas horas. Já foram dados como provados pelo menos 19 crimes.

O tribunal considerou como provados actos sexuais praticados por Carlos Silvino, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz, Ferreira Diniz e Hugo Marçal com menores da Casa Pia. Os juízes deram também como provado que Gertrudes Nunes tinha conhecimento de que a sua casa de Elvas era utilizada para a prática dos abusos.

Quanto a Carlos Cruz, foram dados como provados abusos cometidos na casa da Avenida das Forças Armadas, com um menor com idade inferior a 14 anos. O tribunal considerou também provados os abusos praticados por Carlos Cruz na Casa de Elvas, com um menor de 16 anos, que recebeu cinco mil escudos. Em vários outros episódios, os juízes mencionaram que os arguidos pagaram aos menores.