Agência Nacional para a Qualificação detectou quatro trabalhos à venda na Internet
A informação relativa à venda destes trabalhos (na Internet a cerca de 400 euros) foi divulgada pelo jornal i, na passada semana, mas a entidade responsável pela coordenação e gestão da rede de Centros Novas Oportunidades já tinha conhecimento da situação. "O aluno tem de explicar sempre o trabalho que realizou. Quando não o consegue fazer, algo está mal, e obviamente não obtém o certificado", referia o presidente. De acordo com a mesma fonte são realizadas, com muita frequência, visitas de acompanhamento aos centros. "Os próprios alunos são seguidos na elaboração de trabalhos, o que praticamente impossibilita a cópia", disse Luís Capucha.
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A informação relativa à venda destes trabalhos (na Internet a cerca de 400 euros) foi divulgada pelo jornal i, na passada semana, mas a entidade responsável pela coordenação e gestão da rede de Centros Novas Oportunidades já tinha conhecimento da situação. "O aluno tem de explicar sempre o trabalho que realizou. Quando não o consegue fazer, algo está mal, e obviamente não obtém o certificado", referia o presidente. De acordo com a mesma fonte são realizadas, com muita frequência, visitas de acompanhamento aos centros. "Os próprios alunos são seguidos na elaboração de trabalhos, o que praticamente impossibilita a cópia", disse Luís Capucha.
"A notícia então divulgada é um conjunto de falsidades e mitificações", garantiu ainda o presidente da entidade.
O texto divulgado pelo diário dava conta da existência de candidatos certificados com trabalhos copiados, mas o representante da ANQ explica que tal não acontece. De acordo com Luís Capucha, o que acontecia, em alguns casos, era "a transcrição de um artigo, e não a cópia de um trabalho", explicou. Foi esse o facto que levou a ANQ a veicular uma nota de orientação e indicação técnica para todos os centros. O intuito era "alertar para a necessidade de o aluno trabalhar também os artigos que utilizava no seu portfólio", concluiu.
O Programa Novas oportunidades, criado em 2005, tem como "objectivo alargar o referencial mínimo de formação até ao 12.º ano". A Agência Nacional de Qualificação "coordena a execução das políticas de educação e formação profissional", assumindo um papel dinamizador do cumprimento das metas traçadas pela Iniciativa Novas Oportunidades".
O tema do plágio via Internet parece ganhar visibilidade em todo sistema de ensino e o roubo de trabalhos poderá também vir a ser um problema. Os quatros assaltos na semana passada à escola secundária Cacilhas-Tejo foram, aliás, associados ao roubo de trabalhos. A directora da escola desmentiu, já que as perdas passaram apenas por equipamento informático e alguns processos disciplinares.