O Último Airbender
Por onde quer que se veja "O Último Airbender", esta fantasia juvenil adaptando a imagem real uma popular série animada do canal Nickelodeon é um desastre, tanto mais inexplicável quanto há algo de sedutor na premissa - uma versão eco-zen-budista de "Matrix" revista e corrigida pelo orientalismo tradicional das artes marciais, ambientada num mundo paralelo submetido aos quatro elementos primordiais (ar, água, fogo e terra). O problema é que M. Night Shyamalan - sim, o mesmo de "O Sexto Sentido" (1999), "Sinais" (2002) ou "A Vila" (2004) - não consegue nunca trabalhar essa intrigante mitologia dentro de um quadro de aventura fantástica de modo a que a maionese pegue, oscilando entre um inesperado e confrangedor amadorismo narrativo que parece saído de uma série Z esforçada e uma sisudez maçadora que reforça as tendências pomposas que já haviam afundado os anteriores "A Senhora da Água" (2006) e "O Acontecimento" (2008). O resultado parece uma tentativa calculista e desalmada de criar um novo "franchise", que se espatifa espectacularmente pela última coisa que esperaríamos de Shyamalan: incompetência pura e simples.
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Por onde quer que se veja "O Último Airbender", esta fantasia juvenil adaptando a imagem real uma popular série animada do canal Nickelodeon é um desastre, tanto mais inexplicável quanto há algo de sedutor na premissa - uma versão eco-zen-budista de "Matrix" revista e corrigida pelo orientalismo tradicional das artes marciais, ambientada num mundo paralelo submetido aos quatro elementos primordiais (ar, água, fogo e terra). O problema é que M. Night Shyamalan - sim, o mesmo de "O Sexto Sentido" (1999), "Sinais" (2002) ou "A Vila" (2004) - não consegue nunca trabalhar essa intrigante mitologia dentro de um quadro de aventura fantástica de modo a que a maionese pegue, oscilando entre um inesperado e confrangedor amadorismo narrativo que parece saído de uma série Z esforçada e uma sisudez maçadora que reforça as tendências pomposas que já haviam afundado os anteriores "A Senhora da Água" (2006) e "O Acontecimento" (2008). O resultado parece uma tentativa calculista e desalmada de criar um novo "franchise", que se espatifa espectacularmente pela última coisa que esperaríamos de Shyamalan: incompetência pura e simples.