MC acusa Bloco de liderar protesto dos agentes culturais
Em declarações ao PÚBLICO, no final da apresentação da proposta de lei sobre a isenção de IVA para a doação de livros, feita no Parlamento, Gabriela Canavilhas afirmar que a redução dos cortes para a cultura não vai apaziguar a contestação dos agentes culturais. “Há um aproveitamento político, muito liderado pelo Bloco de Esquerda”, acusou.
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Em declarações ao PÚBLICO, no final da apresentação da proposta de lei sobre a isenção de IVA para a doação de livros, feita no Parlamento, Gabriela Canavilhas afirmar que a redução dos cortes para a cultura não vai apaziguar a contestação dos agentes culturais. “Há um aproveitamento político, muito liderado pelo Bloco de Esquerda”, acusou.
A ministra, que saiu do plenário visivelmente irritada com a bancada bloquista (a deputada Catarina Martins aproveitou para questionar Canavilhas sobre os cortes para os contratos já assinados e a ausência de resposta à recomendação do Parlamento para suspender o projecto do novo Museu dos Coches), desvalorizou ainda as alegações dos agentes culturais sobre as consequências das medidas.
“Quero que me provem que reduções deste nível significam despedimentos. Estou absolutamente convencida de que isso não é verdade”, afirmou.
Momentos antes, no plenário, a ministra já tinha dito o mesmo – classificou como “falso” o argumento da ameaça de desemprego generalizado e deixou o desafio: “Tragam-me um caso para amostra:”
Ao PÚBLICO, Canavilhas disse ainda que foi por iniciativa do primeiro-ministro que o Ministério da Cultura, em articulação com o Ministério das Finanças, definiu a descativação de 7,5 por cento das verbas do PIDDAC. E informou que o anúncio não foi feito mais cedo (a reunião com Sócrates e Teixeira dos Santos aconteceu a 28 de Junho) porque “o Governo achou que não era conveniente”.