Manifestação contra violência policial cobriu de branco a estátua de Camões
Com lençóis brancos e mensagens de protesto a cobrirem a estátua de Luís de Camões, o grupo de manifestantes, também eles vestidos de branco para simbolizar a paz, denunciaram a história de dois jovens que foram “brutalmente espancados e sem razão nenhuma”.
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Com lençóis brancos e mensagens de protesto a cobrirem a estátua de Luís de Camões, o grupo de manifestantes, também eles vestidos de branco para simbolizar a paz, denunciaram a história de dois jovens que foram “brutalmente espancados e sem razão nenhuma”.
“Polícia de Segurança Pública: Protecção ou Opressão?”, “Obediência à opressão? Não!” e “Mais supervisão igual a menos violência” eram as mensagens dos cartazes exibidos. “Estamos aqui como exemplo de tantos outros casos de vítimas de crimes policiais e, ao mesmo tempo, mostrar que vamos fazer tudo para que os polícias que nos agrediram sejam punidos”, disse uma das alegadas vítimas, Laura Diogo, de 18 anos, que também participou nesta manifestação.
A agência Lusa contactou a PSP, que não quis fazer qualquer comentários nem à eventual agressão nem em relação à “manif”. Em declarações ao PÚBLICO, o gabinete de comunicação daquela força policial apresentou, na semana passada, uma versão diferente dos factos ocorridos naquela noite em que Vasco Dias acabou no hospital, com um maxilar partido. A PSP desmentiu que tenha havido agressão, mas aquele jovem acabou por ser operado à mandíbula, no Hospital de São José, em Lisboa, tendo já regressado a casa.
Ainda com algumas lesões – olho negro e hematomas nos braços – Vasco Dias fez questão de participar na concentração deste domingo, que foi organizada pelo grupo de estudantes da faculdade onde estuda, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.