Armando Guebuza: Políticos nacionais são fulcrais no diálogo comercial com Moçambique

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Acordo sobre Cahora Bassa foi assinado em 2006 David Clifford

Numa sessão solene realizada no Parlamento, o Presidente da República de Moçambique, que realiza a sua primeira visita de Estado depois de ter sido reeleito em Outubro do ano passado, agradeceu aos dirigentes políticos nacionais o “incentivo para que os homens de negócios” portugueses invistam em Moçambique.

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Numa sessão solene realizada no Parlamento, o Presidente da República de Moçambique, que realiza a sua primeira visita de Estado depois de ter sido reeleito em Outubro do ano passado, agradeceu aos dirigentes políticos nacionais o “incentivo para que os homens de negócios” portugueses invistam em Moçambique.

Acompanhado por uma vasta comitiva empresarial e política, Armando Guebuza disse ainda esperar que os resultados desta visita oficial se saldem na evolução do diálogo comercial. E aproveitou para evocar que as relações entre Portugal e Moçambique têm sido pautadas por “decisões audazes”: “O cancelamento da dívida de Moçambique a Portugal; e a assinatura do protocolo de transferência da Hidroeléctrica de Cahora Bassa.”

Refira-se que, em Março último, o primeiro-ministro, durante uma visita de três dias a Moçambique, fez questão de incluir no seu programa a barragem da Cahora Bassa. Isto porque em 2006, um ano depois de ter sido eleito com maioria absoluta, assinou a reversão da barragem, ficando o Governo moçambicano a deter 85 por cento do capital da hidroeléctrica (Portugal manteve 15 por cento) – a decisão foi então apelidada por Guebuza de “segunda independência”.

Antes de Guebuza, Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, proferiu uma breve intervenção, na qual destacou a “história de substância” do Presidente moçambicano: “Tem uma história de substância na vida e na história do seu país, quer como combatente pela independência, quer como intelectual e figura política que ocupou ao longo dos anos diversos cargos de relevo, quer como obreiro dos acordos de paz e da reconciliação nacional.”