Carlos Barbosa: Rui Pedro Soares não tinha “aptidões”, mas teve “padrinhos”

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Carlos Barbosa, hoje presidente do ACP, trabalhou com Soares na PT Daniel Rocha

Esta manhã, durante a audição na comissão de inquérito ao negócio PT/TVI, Carlos Barbosa, actual responsável pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), disse acreditar que Rui Pedro Soares “teve algumas bênçãos”: “Se calhar teve padrinhos que nós não tivemos”, disse, em resposta a uma questão da deputada do PSD, Francisca de Almeida.

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Esta manhã, durante a audição na comissão de inquérito ao negócio PT/TVI, Carlos Barbosa, actual responsável pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), disse acreditar que Rui Pedro Soares “teve algumas bênçãos”: “Se calhar teve padrinhos que nós não tivemos”, disse, em resposta a uma questão da deputada do PSD, Francisca de Almeida.

“A experiência profissional de Rui Pedro Soares não lhe dá capacidade para estar num lugar daqueles, não tem passado de gestão”, prosseguiu, notando ainda que não era segredo o facto de Soares estar “bem informado”, pois tinha “proximidade com pessoas do poder”. E explicitou: “Ele nunca escondeu a sua amizade por José Sócrates e a sua amizade, talvez mais forte, por Mário Lino.”

Carlos Barbosa notou ainda que Rui Pedro Soares teve “um comportamento exemplar” quando trabalharam juntos na PT Compras. Mas ressalvou que Soares “não tinha qualquer espécie de aptidões” para estar na PT Compras e para ascender à administração da operadora: “Tinha entrado por indicação de accionistas”, afirmou, sublinhando que “quem manda na PT são os accionistas Estado e BES”.

E esclareceu: “Nada se passa na PT sem que haja o beneplácito do Estado e do BES para grandes estratégias e nomeações.”

Sobre o negócio PT/TVI, Carlos Barbosa avançou: "Estou convencido de que ele [Rui Pedro Soares] teve de levar uma cábula para Madrid [para onde levou o pré-acordo do negócio]. Um negócio daquela envergadura necessitava de gestores com muita experiência".