Soul Kitchen
Acima de tudo: não vir ao novo filme de Fatih Akin à espera de outra "Esposa Turca" (2004) ou de outro "Do Outro Lado" (2007). O turco-alemão é o primeiro a admitir que "Soul Kitchen" não é mais do que uma pausa de descompressão entre filmes mais sérios, por muito que isso custe aos que acham que um "autor" (e, ainda por cima, um autor identificado como ponta de lança da nova vaga alemã) não tem direito a descontrair ou a fazer um filme mais leve.
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Acima de tudo: não vir ao novo filme de Fatih Akin à espera de outra "Esposa Turca" (2004) ou de outro "Do Outro Lado" (2007). O turco-alemão é o primeiro a admitir que "Soul Kitchen" não é mais do que uma pausa de descompressão entre filmes mais sérios, por muito que isso custe aos que acham que um "autor" (e, ainda por cima, um autor identificado como ponta de lança da nova vaga alemã) não tem direito a descontrair ou a fazer um filme mais leve.
"Soul Kitchen" é uma comédia grega sobre o dono de uma tasca imunda de Hamburgo que vê a vida dar uma série de cambalhotas com a partida da namorada para Xangai e a chegada do irmão vigarista, de um ex-colega de escola promotor imobiliário e de um chefe cozinheiro purista de mau feitio. Não tem pretensões de espécie nenhuma, não quer ser mais do que uma comédia confortável e despreocupada, equivalente fílmico de um jantar ou de uma noitada com amigos. E é uma descontracção contagiante, um prazer do princípio ao fim, como essas noitadas podem e devem ser...