Alain Prost: "A morte de Senna decretou o meu fim na Fórmula 1"

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“Ayrton e eu teremos sempre um vínculo" diz Alain Prost Bogdan Cristel / Reuters (Arquivo)

“Ayrton e eu teremos sempre um vínculo. A morte dele foi o final da minha história na Fórmula 1. Ninguém pode falar do Ayrton sem mencionar o meu nome, e ninguém pode falar do meu nome sem mencionar o dele. A morte do Ayrton foi o final da minha história na Fórmula 1", afirmou Alain Prost, em entrevista ao jornal espanhol El País.

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“Ayrton e eu teremos sempre um vínculo. A morte dele foi o final da minha história na Fórmula 1. Ninguém pode falar do Ayrton sem mencionar o meu nome, e ninguém pode falar do meu nome sem mencionar o dele. A morte do Ayrton foi o final da minha história na Fórmula 1", afirmou Alain Prost, em entrevista ao jornal espanhol El País.

Um dos maiores campeões da história da modalidade, Prost revelou ter se aproximado de Senna três meses antes da tragédia, depois de um longo período de acessa rivalidade que incendiou a Fórmula 1 na segunda metade da década de 80 e início da 90.

"Ele nunca me telefonava, mas nas últimas semanas ligou-me várias vezes. Estava preocupado. Achava que a Benetton, de Michael Schumacher, usava recursos eletrónicos no carro e queria que eu fizesse parte da Comissão de Segurança", revelou o francês, relembrando uma das regras da época.

Prost acrescentou que Senna mostrava-se desconfortável na Williams, equipa onde competia quando faleceu no GP de Ímola, em San Marino. O antigo rival do brasileiro relembrou o encontro com o brasileiro momentos antes da largada na última corrida do tricampeão mundial.

"Lembro que, antes da corrida, ele veio às cabinas da televisão falar comigo, o que não era habitual e, por isso mesmo, todos que estavam ali ficaram calados. Nesses momentos, um piloto só pensa em concentrar-se, mas ele veio e sentou-se ao meu lado. O mais surpreendente é que não tinha nada de muito importante para me dizer.”

"Depois de comer, pouco antes da partida, fui às boxes da Williams e conversamos por uns dois minutos antes de ele entrar no carro. Foi a última vez", lamentou.